Marcondes lista obras, projetos e investimento em Lorena

Em entrevista ao Atos no Rádio, prefeito garante que trabalho na cidade será arma para 2016

Atos no Rádio Fabinho (32)
Apresentadores do ‘Atos no Rádio’, Eder Billota e Miltinho, em entrevista com o prefeito de Lorena, Fábio Marcondes (Foto: Francisco Assis)

Da Redação

Lorena

O prefeito de Lorena, Fábio Marcondes (PSDB), participou na última terça-feira do programa Atos no Rádio, pela Rádio Cultura. No programa, ele falou sobre o trabalho realizado e o que ainda deve ser entregue até outubro de 2016, quando, mesmo sem admitir, deve disputar a reeleição.

Marcondes assumiu a administração lorenense em 2013, após polêmica campanha eleitoral. Com 44,36%, ele encontrou a cidade “de bolsos vazios”, em crise após oito anos de instabilidade política.

Esse foi o tema que deu início à entrevista do prefeito aos apresentadores Eder Billota e Miltinho, no Atos no Rádio. A falta de dinheiro levou a Prefeitura a colocar em prática um sistema de economia, que garantiu o pagamento de mais de R$ 17 milhões em dívidas e também de anular os precatórios, que chegavam a mais de R$ 5 milhões.

Com dinheiro em caixa, ele conseguiu colocar em ordem o plano de obras que segue em andamento. “O importante foi recuperar o crédito. Pagamos mais de R$ 5 milhões em precatório no ano passado, dívidas de outras administrações. Quitamos e não tivemos esse ano, nem no próximo”, comemorou.

Outro tema levantado, com foco nas finanças do município foi a anistia. Marcondes não se mostrou muito satisfeito, mas destacou a necessidade de implantar o sistema. “Se você faz isso sempre, acaba incentivando a inadimplência, até porque o povo vai pensar, ‘porque eu vou pagar, se depois tem anistia’. No primeiro ano fizemos para gerar recurso, assim como neste ano, quando fizemos por pura necessidade, com a queda de arrecadação. O Governo Federal e os estados estão fazendo anistia, a própria Sabesp parece que deve fazer um plano para quitação de débitos. Isso é necessário, porque tem muita gente que critica, questiona, não paga os impostos e ainda não entendem os problemas e só acham que nunca vai dar certo”.

Atrás de dinheiro e liberação de obras, o prefeito colocou Lorena no grupo de cidades que vão à Brasília por apoio federal, mesmo em período de crise.

Na capital, ele entregou solicitações de apoio em obras de acessos entre os bairros Vila Geny e Vila Nunes, uma requisição de um projeto executivo. “Não é uma questão de buscar dinheiro, mas sim do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) fazer o projeto executivo e nos entregar. Pode ser até que outro prefeito construa, mas o importante é conseguir o projeto executivo. É um projeto caro. Se a ponte da USP custou R$ 150 mil, esse será muito mais”.

A Prefeitura fez ainda o pedido de intervenção junto à concessionária Nova Dutra, para obras no sistema de acesso pela avenida Peixoto de Castro, com calçamento até o posto de GNV e a ligação entre os bairros São Roque e Vila Rica. “Levamos a proposta da própria Prefeitura fazer, no morro da avenida México na Vila Rica, uma ponte aérea para ligar o bairro ao São Roque. Isso seria um projeto autorizativo. Isso daria vida ao São Roque, dando maior fluidez ao trânsito na cidade”.

Marcondes lembrou ainda a fase final das obras do sistema de água pluvial, que já atendeu bairros que sofrem com fortes chuvas e que está prestes a completar áreas capitais como o Bairro da Cruz e a Cidade Industrial. “O grande problema está no Industrial. Em trechos deste bairro, quando chove, é um metro de água nas casas. Cerca de 40% dos moradores sofre com isso. Com a melhor capitação, o escoamento será mais rápido”.

O prefeito contou ainda que, entre os sistemas, o da rua Amélia Pereira, no Bairro da Cruz, fugiu do orçamento. “Ali encontramos uma mina d’água, por isso ficou em torno de R$ 300 mil. Na Vila Vicentina ficou em R$ 220 mil, enquanto que no Industrial, que terá duas redes bem mais amplas, ficou em R$ 1,6 milhão”.

Urnas – Faltando 415 dias para a eleição de 2016, a corrida pela urna não ficou de fora da entrevista. Com nomes de pré-candidatos já alardeados no meio político, Marcondes garantiu que não quer falar em reeleição no momento.

“Hoje, não me sinto à vontade de gerar esse debate a mais de um ano das eleições. É precoce. Tem candidato cometendo crime, soltando pesquisas. O mais importante é que vou ser julgado pelo legado do trabalho, por isso temos que acabar as obras, resolver os problemas e isso será apresentado. Essa coisa antiga, a política velha de churrasquinho, futebolzinho, já foi. Eu mantenho essa postura para não contaminar a administração, quem está na Prefeitura, está para trabalhar. É claro que eu sou um político de grupo, tenho uma câmara que me apoia, estamos organizados junto ao partido, mas pensando agora em trabalhar”.

O povo – O programa abriu espaço ainda para perguntas dos ouvintes, que citaram pontos aleatórios como o IPTU, pedidos de pequenas obras e iluminação pública (a Prefeitura acaba de assinar contrato emergencial para a manutenção e deve abrir em breve nova licitação para contratação de empresa, que ficará responsável pelo serviço).

Até mesmo a manutenção de campos de futebol foi cobrada, durante a ligação de um ouvinte da Vila Geny. O prefeito revelou que já há um trabalho definido para 2016. “Temos um projeto para o ano que vem, que contempla a manutenção de campos e quadras, com obras no Novo Horizonte e na Vila Geny”.

 

Lorena próxima de acordo com metalúrgica para 600 empregos

Durante entrevista ao programa Atos no Rádio, pela Rádio Cultura, o prefeito de Lorena, Fábio Marcondes (PSDB), revelou que a cidade está próxima de fechar com mais uma grande empresa.

De acordo com o prefeito, o acordo é gerenciado pela agencia Investe São Paulo. A cidade já foi definida como futura sede de uma indústria metalúrgica, que deve abrir até seiscentos postos de trabalho, com investimento de 100 milhões de dólares, cerca de R$ 350 milhões.

O nome da empresa segue em sigilo, seguindo determinação de contrato. Marcondes contou apenas que os empresários ligados ao grupo já fazem análises da estrutura do local, com estudo de acesso, solo e serviços.

“Não podemos abrir mais detalhes por uma questão de confidencialidade, mas o que podemos dizer é que o processo está adiantado. A empresa está avaliando o local, e em até noventa dias tudo será definido”, exaltou o prefeito. “O importante é que Lorena foi escolhida, então vamos aguardar. É um grande investimento, que vai gerar empregos e arrecadação, essencial para mostrar que é em momentos de crise que se investe”.

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