Lorena projeta ciclovias para facilitar mobilidade
Planejamento foca pontos de maior fluxo de ciclistas; trabalho deve chegar às principais avenidas da cidade
Francisco Assis
Lorena
Conhecida pela grande quantidade de bicicletas, Lorena tenta facilitar o trânsito das “magrelas” por suas vias mais movimentadas. Para isso, a Prefeitura vem projetando a criação de ciclovias, na tentativa de desafogar o fluxo, prejudicado com o aumento no número de carros nos últimos anos.
Se deparar com uma fila de bicicletas disputando espaço com carros, motos e pedestres é algo comum no dia a dia de Lorena. A cidade chegou a ganhar destaque nacional em 2006, quando o governo do então prefeito Paulo Neme (PSC), anunciou emplacamento das bicicletas, serviço cobrado que não teve sequência, mesmo com adesão de milhares de ciclistas.
Hoje, sem placas, as bicicletas seguem tomando conta das ruas mais movimentadas. Com uma única ciclovia em funcionamento (na rua Dr. Rodrigues de Azevedo, a Rua Principal), os ciclistas cobram um espaço próprio. “Essa aqui é a única rua que tem espaço pra quem usa bicicleta. A cidade tem muitas e fica cada vez mais difícil, porque os carros não respeitam”, contou a aposentada Maria da Graça, 68 anos, enquanto destrancava sua bicicleta, presa a um dos vários bicicletários espalhados pela região central.
Para atender reclamações como a de dona Graça, a Prefeitura colocou em prática um projeto para implantar ciclovias em pontos estratégicos.
De acordo com o prefeito Fábio Marcondes (PSDB), o projeto é dividido em quatro elos, com radiais que se ligarão, criando um sistema de ciclovias único. “Existe em Lorena um debate errado em que nós culpamos os ciclistas pelos problemas, mas não temos o direito de cobrá-los, porque nunca oferecemos nada a eles. Por isso, temos que introduzir ciclovias para normatizar e regulamentar as bicicletas de Lorena”.
Marcondes destacou que o sistema vai priorizar locais com maior fluxo. A implantação de ciclovias será iniciada pelas avenidas Marechal Argolo, Targino Vilela Nunes, Marechal Teixeira Lott, Eugenio Borges, São José e Thomas Alves Figueiredo. “Esses são pontos iniciais que se ligarão. Onde não cabe ciclovia, colocaremos placas e demarcação para apontar a prioridade ao ciclista”, explicou.
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