Lorena busca doadores de medula óssea

Iniciativa surgiu após pedido de morador que teve filho diagnosticado com câncer; ação pouco comum na região pretende atrair 200 voluntários

Da Redação – Lorena

 

Uma campanha rara no Vale do Paraíba será realizada no próximo dia 6, em Lorena. O cadastramento de doadores de medula óssea é uma parceria com a AMEO (Associação de Medula Óssea), autorizada pelo Redome (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea). A expectativa é de que cerca de duzentos voluntários se cadastrem para doação.

A iniciativa partiu de um morador, após ter o filho diagnosticado com leucemia, um tipo de câncer no sangue que começa na medula óssea.

De acordo com a gerente de Vigilância Coletiva, Maria Carolina Codello, para se tornar doador de medula óssea é preciso preencher alguns requisitos. “Para se cadastrar as pessoas podem comparecer à secretaria de Saúde, no dia 6 de dezembro, das 10h às 14h. É preciso ter de 18 a 54 anos, estar com a saúde boa e não ter histórico de câncer, nem de hepatite e HIV”, explicou.

No dia da doação, será preenchido um formulário e uma amostra de 5 ml de sangue será colhida para o teste de compatibilidade.

Os dados vão para o banco do Redome, onde é cruzado com pacientes de todo o Brasil, e caso seja encontrado alguém compatível, o voluntário é chamado para realizar outros exames necessários para a doação.

Doação de Medula Óssea – Para aumentar o número de doadores, o Ministério da Saúde em conjunto com órgãos vinculados vem investido em campanhas de sensibilização quanto ao tema. As campanhas mobilizam hemocentros, laboratórios, ONG’s, instituições públicas e privadas e a sociedade em geral. Em 2000, existiam apenas 12 mil voluntários inscritos. Dos transplantes de medula realizados na ocasião, apenas 10% dos doadores eram brasileiros localizados no Redome. Agora há 3,5 milhões de doadores inscritos e o percentual subiu para 70%. O Brasil tornou-se o terceiro maior banco de dados do gênero no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos (quase sete milhões de doadores) e da Alemanha (quase cinco milhões de doadores). Desde a criação do Registro Nacional de Doadores, o SUS (Sistema Único de Saúde) já investiu R$ 673 milhões na identificação de doadores para o transplante de medula óssea.

 

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