Lorena abre discussão sobre superlotação prisionais

Com 13 mil presos, região precisa de dois novos centros de detenção provisória para suprir demanda

Da Redação – Lorena

Um fórum para a discussão sobre a situação das cadeias públicas do Vale do Paraíba foi realizado na última quinta-feira no prédio da secretaria de Educação, em Lorena. Com o tema “Cadeia pública de Lorena, sob a atual ótica da Secretaria de Segurança Pública do Estado e a vontade popular”, coordenado pelo vereador Elton Luiz Ribeiro, o Capitão Elton (PSDB), teve a participação de diversas autoridades da área da segurança pública que discursaram a respeito do tema.

De acordo com os dados apresentados pelo coordenador da SAP (Secretaria de Administração Penitenciária), da regional de Taubaté, Luiz Henrique Righeti, o Vale do Paraíba tem ao todo 13 mil presos, o que representa quase o triplo das vagas existentes.

São quatro cadeias públicas nas cidades de Lorena, Cachoeira Paulista, Cruzeiro e Guaratinguetá, que atualmente está fechada para reforma, sobrecarregando a unidade de Lorena.

Righeti afirmou durante o encontro que para suprir a demanda da região, seria necessário a construção de mais dois CDP’s (Centro de Detenção Provisória), um na região do Vale Histórico e outro entre São José dos Campos e Jacareí. “Há muita coisa para se discutir. Chamar outras cidades para a discussão também, e quem sabe, o próprio Codivap (Consórcio de Desenvolvimento Integrado do Vale do Paraíba) para participar dessa discussão. Não tem cabimento, mas nós temos unidades, hoje, com capacidadepara 860 com 1.800 presos”.

O delegado da Seccional de Guaratinguetá, Dr. Marcio Marques Ramalho, concordou com a necessidade de construção de mais uma unidade prisional na região. “As soluções precisam ser dadas por todos os municípios. Cada um tem a sua escola, tem o seu hospital. Agora, e os presos? Também temos que cuidar dos presos. Todas as comarcas, no meu entender, teriam que ter espaço para presos”, argumentou.

Para Ramalho, é necessário que os prefeitos comecem a pensar em locais para a construção de um CDP. “Aqui fica um pedido para todos os prefeitos da região: que reflitam sobre isso e nos ajudem a pensar qual é o melhor local. Porque, realmente, há a necessidade de um presídio de tamanho condizente às nossas necessidades. Não seriam grandes CDP’s, 200 ou 300 vagas já ajudariam muito”, finalizou.

 

 

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