Incêndio de depósito de gás assusta moradores em Lorena

Estabelecimento no Bairro da Cruz não possui alvará para funcionar; Copagaz cobra retirada de logotipo na fachada de revendedora

Depósito de gás, que passou por incêndio na última terça-feira; local não possuía alvará da Prefeitura para funcionar no Bairro da Cruz (Foto: Lucas Barbosa)
Depósito de gás que passou por incêndio na última semana; local não possuía alvará da Prefeitura para funcionar (Foto: Lucas Barbosa)

Lucas Barbosa
Lorena

Após causar um incêndio na tarde do último dia 6 em Lorena, o funcionamento de um depósito de gás será investigado pela Prefeitura e Corpo de Bombeiros. O estabelecimento comercial, localizado no Bairro da Cruz, não possuía alvará de funcionamento.

De acordo com moradores da rua Carlos Gomes, as chamas no depósito, que tem na sua fachada somente o logotipo da empresa Copagaz, começaram por volta das 12h.

Ao chegarem no local, que não contava com nenhum responsável, os bombeiros tiveram que estourar o portão para terem acesso ao interior do estabelecimento, onde foram localizados 32 botijões de gás. Os objetos, que pesavam 13 quilos cada, foram retirados às pressas para evitar explosões.

Segundo o aposentado João Paulo Pereira, 63 anos, que acompanhou de perto o combate às chamas, o incidente gerou pânico nos moradores da região. “Eu estava de bicicleta com a minha neta na avenida Sete de Setembro quando vi aquela fumaceira preta no céu. Quando cheguei na rua vi o desespero dos vizinhos que estavam com muito medo de que o depósito explodisse e o fogo pegasse suas casas”.

Após quase uma hora de trabalho, os bombeiros conseguiram conter o incêndio. A Defesa Civil e a Prefeitura também foram acionadas e vistoriaram o depósito.

A causa do incêndio é investigada pelo Corpo de Bombeiros, que não revelou o prazo para a conclusão da análise.

Em nota oficial, o Executivo informou que realiza um levantamento para averiguar a atual e real situação do depósito. Na sequência, “juntamente com os departamentos responsáveis, bem como após a apuração das causas do incêndio, tomará as medidas cabíveis”.

Questionada sobre a atividade do depósito, que não possuía alvará de funcionamento, a Prefeitura informou que através do setor de Fiscalização segue um cronograma de vistoria e fiscalização dos estabelecimentos do município, e que são aplicadas de 10 a 15 notificações por dia.

A nota ressaltou ainda que “estamos dando ênfase aos pedidos de renovação de alvará, sendo essencial a apresentação do AVCB do Corpo de Bombeiros (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros).

A reportagem do Jornal Atos entrou em contato com o Corpo de Bombeiros, mas o comandante do 3º Subagrupamento, capitão Paulo Roberto Reis, não foi localizado até o fechamento desta edição.

A reportagem procurou ainda algum responsável pelo depósito de gás, mas ninguém foi encontrado no estabelecimento comercial.

Copagaz – Em nota oficial, a Copagaz informou que faz parte da sua política vender gás apenas para revendedores regularizados, e a revenda JC Miranda Gás não mantinha qualquer operação comercial com a companhia desde junho de 2017, vindo desde então adquirindo o produto por meio de outras empresas do setor. Além disso, a revenda já deveria ter retirado da sua fachada qualquer logotipo ou pintura que remetesse à Copagaz.

A nota explicou que a empresa incentiva a divulgação dos procedimentos necessários para a regularidade das atividades desempenhadas pelos seus 2.700 revendedores. O documento frisou ainda que “é política da empresa suspender a venda quando confirma a irregularidade de uma revenda, retomando a relação comercial com a mesma quando comprovada sua adequação às normas”.

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