Funcionários dos Correios protestam contra desligamento
Categoria acredita que suspensão a trabalhador foi uma represália a ato em Lorena; Sindicato busca reverter decisão
Lucas Barbosa
Lorena
Em protesto à suspensão do contrato de trabalho de um colega, funcionários dos Correios de Lorena realizaram uma manifestação na manhã da última segunda-feira. A categoria credita o desligamento do trabalhador a uma represália a realização de uma greve no início do mês.
Um grupo de cerca de vinte funcionários dos Correios protestou com cartazes e gritos de ordem em frente ao centro de distribuição, localizado à avenida Osvaldo Aranha, na Vila Zélia. Eles demonstraram apoio ao colega e diretor sindical Luiz Antônio Oliveira, mais conhecido como Índio, que teve o seu contrato de trabalho suspenso na última semana.
Durante a manifestação, que atrasou a entrada para o trabalho em uma hora, o presidente do Sintect-SP (Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares de São Paulo), Moisés Lima, afirmou que a decisão da empresa foi uma represália à recente realização de um movimento de greve.
“Essa atitude da empresa é muito ruim porque a tendência é que ela se estenda aos outros trabalhadores. O desligamento do Índio foi uma tentativa de dar um ‘xeque-mate’, pois logo de primeira já pegou um diretor sindical, visando que os outros trabalhadores fiquem com medo de protestar novamente”.
Além de explicar como está a atual situação trabalhista de Índio, o presidente revelou que a categoria está pronta para reagir caso a demissão seja oficializada. “O companheiro Índio teve o seu contrato de trabalho suspenso e infelizmente não esta recebendo seu salário. Ele ainda não foi demitido e faremos o possível para que isto não ocorra. Caso a empresa decida pela demissão, nos mobilizaremos para tentar reverter essa situação”.
Outro lado – Em nota oficial, os Correios afirmaram que o desligamento do empregado não foi uma represália. A empresa ressaltou que a manifestação na última segunda-feira durou poucos minutos e foi rapidamente controlada, não causando prejuízos ao atendimento da população.
Mesmo questionada pela reportagem, a empresa não justificou o motivo da suspensão do contrato de trabalho do empregado.