Yoka perde patrocinador e receita cai 35%

Diretoria lamenta redução no valor de investimento e busca saída para recuperar orçamento

Treino da equipe que se prepara para a temporada de 2016; clube tenta saída após queda de receita (Francisco Assis)
Treino da equipe que se prepara para a temporada de 2016; clube tenta saída após queda de receita (Francisco Assis)

Leandro Oliveira
Guaratinguetá

Estar presente entre os principais clubes de futsal de São Paulo é um sonho que custa caro. Para o Yoka, a perspectiva é a mesma. Sem um grande investidor para a temporada, o clube de Guaratinguetá perdeu, na última semana, um dos principais patrocinadores para o ano. A baixa representa um déficit de 35% na receita e a diretoria que corre contra o tempo para encontrar um novo parceiro para fechar o orçamento mensal.
Devido ao corte nas despesas, o Yoka não contará com o apoio do Grupo Martins Lara. O diretor do clube, Leonardo Soares, contou que a empresa foi afetada pela baixa do mercado de cerâmicas e precisou encerrar a parceria com o time, que já durava um ano. O Unisal é, até o momento, a única patrocinadora master da agremiação.
Com a recente baixa, Edu Soares, diretor e responsável pelo setor de vendas comerciais do clube, viu o orçamento enxugar do dia para a noite. Segundo Edu, clube e empresa já estavam acertados para uma nova temporada. “Estávamos fechados. Essa perda resulta em 35% ou 40% do nosso aporte financeiro. É, sem dúvidas, uma quantia grande e que vai nos fazer muita falta se não repusermos rápido. Eles já nos apoiavam desde o início de 2015, mas também foram pegos pela crise que assola o país”.
Em comparação com a temporada passada, Edu vê uma grande redução na conta do clube. Um exemplo pode ser encontrado no grupo de jogadores que trocaram o time de Guará por outras agremiações. Três de cinco jogadores considerados titulares saíram do Yoka. Fitz foi para o futsal paranaense, Hugo assinou contrato com o Dracena/Santos e o goleiro Diego também deixou o clube. Além desses, Gleison trocou a camisa laranja pela do Magnus Sorocaba.
O clube trabalha para repor o valor perdido o quanto antes. Uma das armas do Yoka é usar a grande visibilidade, já que em dezembro do ano passado, o time laranja chegou à final da Copa Paulista de Futsal. Até o momento, Edu está em contato com três empresas para estampar o peito e as costas da camisa. “A gente tem plenas condições de recuperar esse montante. Já estou em contato com essas empresas e devemos ter novidades em breve. Infelizmente, não são empresários de Guará, já que o empresariado local não acredita muito no esporte”, contou Edu.
Segundo Edu Soares, o Yoka deve anunciar o novo patrocinador até a próxima quinta-feira. Enquanto isso, a direção do clube continua buscando novos investidores que queiram estampar suas marcas no uniforme da equipe. Os valores para cada região da camiseta variam. Mas, de acordo com Leonardo Soares, a cota para o patrocínio principal (peito) custa R$ 5 mil mensais.

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