Vereador denuncia zona azul de Guará ao Ministério Público
Câmara convida empresa responsável para sabatina sobre atrasos nos repasses do estacionamento rotativo
Leandro Oliveira
Guaratinguetá
A Zona Azul de Guaratinguetá voltou a ser pauta na Câmara. Há quase dois anos o estacionamento rotativo é alvo de requerimentos e questionamentos por parte dos vereadores.
Dessa vez, de forma unânime, a Casa convidou os sócios da empresa AC Park para responderem sobre o sistema operacional de arrecadação de recursos e repasses feitos aos cofres públicos.
A nova Zona Azul foi implantada em agosto de 2015. Inicialmente foram instalados 25 parquímetros e implantadas 933 vagas nas regiões do Centro e bairros próximos.
No ano seguinte, na última legislatura, o estacionamento rotativo virou pauta na Câmara após requerimento apresentado pelo vereador Régis Yasumura, à época no PTB, que questionava a arrecadação com o sistema e o repasse ao município.
Já em 2017, a pauta voltou a ser discutida entre os vereadores, através de requerimento apresentado por Fabrício Dias “da Aeronáutica” (MDB).
Desde então o parlamentar aponta possíveis irregularidades no contrato entre a AC Park e a Prefeitura. O emedebista levou as denúncias ao Ministério Público e apresentou o requerimento na Casa. A Câmara formalizou um convite aos sócios da AC Park, para uma sessão especial.
No documento, uma das principais irregularidades apontadas é o atraso dos repasses referentes aos valores que são arrecadados na Zona Azul.
Segundo o parlamentar, a dívida é de quase R$ 100 mil, oriundos de quatro meses de atraso. Os demais meses foram pagos com atraso, como salienta o documento.
“No mês passado concluímos o estudo que culminou na denúncia feita ao Ministério Público, pedindo que fosse apurada a falta de cumprimento do contrato”, ressaltou o vereador. Em 2017 os representantes da empresa já haviam sido convidados para uma sessão especial.
Em tom mais elevado, o vereador Márcio Almeida (PPS) saiu em defesa do requerimento e frisou que é preciso ir a fundo nessa discussão. “Hoje, é um convite. Se precisar convocar, nós convocamos. Se precisar de outras ações mais robustas, tenho certeza que essa Casa não vai se furtar em fazer”.
O contrato tem dez anos de duração, podendo ser prorrogado por mais cinco. Procurada pela reportagem, a AC Park se limitou apenas a destacar que “as respostas estão sendo encaminhadas à Câmara Municipal e aos órgãos competentes”.