Tribunal Eleitoral aprova fechamento de três zonas eleitorais na região
Extinção e transferências geram aumento na demanda de trabalho em Lorena e Cruzeiro
Rafaela Lourenço
Região
As eleições para 2018 terão mudanças na região. Com o objetivo de economizar gastos operacionais, o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) aprovou o fechamento de 32 zonas eleitorais, entre elas, três na região, em Queluz, Piquete e uma de Guaratinguetá. O processo segue para homologação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
A zona eleitoral 337ª de Piquete foi transferida para a zona 68ª de Lorena, Cruzeiro recebeu a 105ª de Queluz e em Guaratinguetá, os eleitores da zona 316ª foram incorporados à 48ª.
De acordo com a chefe de cartório de Guaratinguetá, Denise Logato, a resolução do TSE 413/2017 implementou critérios objetivos para a criação de novas zonas e manutenção das já existentes. “No caso de Guaratinguetá, que cuidava de duas zonas, o critério era justamente ter no mínimo setenta mil eleitores para cada, e como o nosso colégio eleitoral é de noventa mil eleitores, não atingimos a meta de 140 mil para manter as duas zonas. Em função disso, a 316ª foi extinta e incorporada à mais antiga da cidade a 48ª” contou.
O TRE fez um estudo de quais zonas não atendiam os critérios da resolução e remeteu esse estudo para a homologação do TSE, que após a homologação terá um prazo de até sessenta dias para a implementação das regulamentações. “Neste período será publicada uma nova resolução tratando sobre os detalhes como servidores, eleitores e o que vai acontecer com esses títulos. Por enquanto também não temos essas respostas para dar ao público. Ainda será normatizado e publicado em breve. É o que nos foi informado”, frisou.
Já Lorena, além de atender Canas, também se responsabilizará por Piquete, que teve a zona 337ª extinta. Será um aumento de cerca de 11 mil eleitores.
Segundo a chefe do cartório, zona 68ª de Lorena, Priscila Gonçalves, a cidade recebeu a informação de que TSE orientou os tribunais estaduais a reduzirem o número de zonas em relação as despesas e amenizar gastos com juízes e promotores, com fundamento no número de eleitores mais a densidade demográfica do município. Piquete foi umas das pré-selecionadas por ter apenas 11 mil eleitores, número que poderá diminuir com o recadastramento biométrico obrigatório. Pela proximidade com Lorena, a cidade foi selecionada para receber a zona eleitoral da cidade.
De acordo com Priscila, até as eleições do ano que vem será mantido um posto de atendimento no local onde funcionava a zona 337ª, para que os eleitores não sejam prejudicados. “Esperamos que os dois servidores de Piquete continuem conosco. Como eles já conhecem os trabalhos de lá, isso nos ajuda muito, porque é difícil você pegar um município que nunca fez a eleição antes”, comentou.
Outra preocupação da chefe de cartório é a estrutura do prédio que já enfrenta dificuldades em atender Lorena e Canas. “O espaço é muito difícil, vindo mais urnas, processos, materiais e também servidores, dificultará também o atendimento, porque no único espaço disponível temos apenas quatro mesas para atender o eleitor. A gente sempre dá um jeito, porém, com mais um município, isso acarreta numa demanda de serviço maior, o que poderá prejudicar a qualidade do serviço”, salientou Priscila, que espera as informações sobre a mudança para solicitar à Prefeitura um espaço mais adequado.
Assim como Lorena, Cruzeiro também terá uma demanda maior com a realocação da 105ª zona de Queluz para a 39ª na cidade, um aumento de aproximadamente oito mil eleitores.