Seccold investiga irregularidades em antigas administrações do Hospital Frei Galvão

Setor trabalha sob sigilo e apura ilicitudes em gestões passadas de hospital de Guaratinguetá; uma pessoa foi presa e investigações avançam com interrogatório

O hospital Frei Galvão alvo de investigação do Seccold; antiga administração é acusada de crimes como lavagem de dinheiro (Foto: Arquivo Atos)

Leandro Oliveira
Guaratinguetá

O Seccold (Setor Especializado no Combate a Corrupção, Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro) da delegacia Seccional de Guaratinguetá investiga acusações de irregularidades cometidas em antigas administrações do Hospital Frei Galvão. As investigações estão em andamento e o setor apura crimes como lavagem de dinheiro.

No último sábado, a Polícia Civil confirmou a Operação Frei Galvão, que teve nove mandados de busca e apreensão em Guaratinguetá e São José dos Campos. A Justiça decretou quatro mandados de prisão e o bloqueio de 14 veículos dos investigados. Apenas uma pessoa foi presa em flagrante por posse ilegal de munição, e as outras três pessoas procuradas continuam foragidas, segundo o setor.

Delegado seccional de Guaratinguetá, Márcio Marques Ramalho confirmou o avanço das investigações. Segundo Ramalho, as investigações se estendem por meses antes do setor dar o primeiro passo e colocar a operação em andamento na prática, com os mandados de busca, apreensão e prisão. “Os dois delegados do caso junto com o Ministério Público estão neste exato momento colhendo provas e indícios. Existe realmente uma investigação profunda com colheitas provas documentais e testemunhais, além de outros tipos de provas sendo colhidas”, afirmou. “Tem mandados de prisão que foram cumpridos e outros que serão cumpridos”, concluiu.

Na última segunda-feira foi realizado um extenso interrogatório com a pessoa presa na Operação Frei Galvão. Os delegados responsáveis pelo caso ficaram por volta de oito horas na delegacia seccional para obter mais provas e apontamentos com o detido. O nome da pessoa presa não foi divulgado pelo setor. O caso está sob segredo policial e de Justiça, e conta com apoio do Ministério Público.

Atualmente, quem administra o Hospital Frei Galvão é o Instituto Axis, entidade religiosa que assumiu em agosto do ano passado. O Instituto confirmou uma dívida de R$ 70 milhões. Após a troca da administração, foram realizadas auditorias nas contas e contratos do hospital.

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