Saúde nega relação entre mortes por Covid-19 e classe social em Guará
Bairro com maior número de óbitos, Tamandaré tem 22 dos mais de 1,2 mil casos confirmados na cidade
Leandro Oliveira
Guaratinguetá
A Covid-19 já vitimou 41 pessoas em Guaratinguetá até esta quarta-feira (26). Desse número, 10% são de óbitos no Tamandaré, mas a relação de casos confirmados no bairro não acompanha o alto índice de mortalidade da doença na região. São 22 casos positivos e quatro mortes.
A secretaria de Saúde foi procurada para explicar as possíveis causas dos óbitos em bairros considerados periféricos, como o Tamandaré. De acordo com o chefe de gabinete da secretaria, Saluar Magni, não há relação da classe social da vítima ou do bairro de residência com a morte, mas sim, as comorbidades e problemas de saúde dos pacientes. “A maioria dos óbitos registrados em Guaratinguetá são de pacientes idosos, que já apresentavam algumas comorbidades. Está muito mais atrelado a condição do paciente, a procura por atendimentos tardia as vezes, do que ao bairro”, salientou Magni, que avaliou ainda a situação. “Eu não enxergo isso como uma condição específica pela classe social da pessoa, mesmo porque a Vila Paraíba tem três óbitos”.
Sobre os atos números de mortes no Tamandaré, considerado baixo perto dos casos confirmados, Magni lembrou que os pacientes que faleceram tinham comorbidades. “Infelizmente no Tamandaré foram casos que as pessoas apresentavam a idade mais avançada e problemas de saúde e acabaram coincidentemente morrendo”.
Situação parcialmente semelhante a do Tamandaré é a do bairro Parque São Francisco, que também tem quatro mortes confirmadas por coronavírus, mas 36 pacientes diagnosticados com a doença. Em toda a cidade são mais de 1,2 mil casos e 41 mortes.
Atualmente os bairros que mais têm casos confirmados são Pedregulho, Jardim do Vale e Beira Rio, enquanto as regiões com mais mortes são Tamandaré, Parque São Francisco e Jardim do Vale.