Sampaio tem missão de direcionar governo

Depois de acabar com rombo no Saeg, secretário fala em propostas para três anos restantes na administração de Soliva

O prefeito Marcus Soliva em conversa com o novo secretário de Governo, Miguel Sampaio; missão de braço direito em Guará (Foto: Leandro Oliveira)
Marcus Soliva em conversa com o novo secretário de Governo, Miguel Sampaio; braço direito em Guará (Foto: Leandro Oliveira)

Da Redação
Guaratinguetá

O novo secretário de Governo de Guaratinguetá, Miguel Sampaio, participou nesta quarta-feira do programa Atos no Rádio. Ele falou sobre a transição, as ações para recuperar a Saeg (Companhia de Serviço de Água, Esgoto e Resíduos) e o que será prioridade para os próximos três anos do governo de Marcus Soliva (PSB).

Sampaio iniciou o ano como o “homem forte” da administração de Soliva. Escolhido a dedo, ele ocupou a direção da autarquia, que foi entregue pelo governo de Francisco Carlos dos Santos (PSDB) com um rombo de R$ 13 milhões. Aliado à polêmica sobre o contrato com a terceirizada CAB Ambiental, ele deixa a companhia em alta para assumir de vez a coordenação da administração municipal, em meio à críticas ferrenha da oposição aos primeiros 11 meses de mandato.
Jornal Atos – Você ocupou a secretaria de Desenvolvimento de São José. Lá você se notabilizou dentro da gestão pública municipal e se credenciou para ocupar a base operacional do prefeito Marcus Soliva. O que você conseguiu colocar em prática já neste ano e o que vem por aí nesta gestão do prefeito Soliva?

Miguel Sampaio – Eu tive uma passagem bem sucedida em São José dos Campos porque fui secretário por mais de dois anos. Fui vice-prefeito em Guaratinguetá, então isso me dá um pouco de bagagem na área pública, além do meu trabalho de 35 anos da Caixa Econômica Federal, trabalhando com as cidades, com os prefeitos, eu tenho uma visão publica acertada naquilo que a cidade espera. Fui me cuidar também, fiz o curso de gerente de cidade para aprender a cuidar de cidades. Me sinto um cara preparado e com a eleição, o Marcus Soliva me convidou para exercer um papel pra cuidar da cidade. Então meu papel em Guaratinguetá nada mais é de interagir com os secretários, fazer com que os projetos e a determinação do prefeito seja cumprida, que ela seja elaborada. Meu papel é técnico. O relacionamento é do prefeito com o Estado, com as pessoas, com a parte política, meu papel é fazer a máquina andar.

Atos – Como foi esse período na Saeg? Você recebeu uma autarquia que estava não “no vermelho”, mas “no roxo”?
Sampaio – Na verdade nós pegamos a Saeg em uma situação que até hoje a gente sente, com uma dívida liquida para ser paga de R$ 13.4 milhões. Estamos pagando até hoje. Então nós vamos finalizar esse ano pagando a metade dessa dívida e a outra metade vamos pagar ano que vem. A Saeg está toda aparelhada, organizada, para sair disso e explodir no sentido de ser uma grande empresa. Estou saindo amanhã (quinta-feira). Assumo a secretaria de Governo da Prefeitura, uma secretaria que tem como objetivo principal ajudar, coordenar, planejar, juntamente com as outras secretarias e fazer a máquina pública andar. De uns três meses pra cá, tenho dividido a Saeg com administração, tem me tomado um pouco de tempo, mas eu gosto de fazer porque eu gosto de trabalhar. O Marcus Soliva me ouviu, atendeu um pedido que eu fiz e quem continua no meu lugar na Saeg é o Renato Valentin, que é o diretor administrativo e financeiro hoje. Ele que cuida de todo o plano estratégico de recuperação do Saeg passa pelo Valentin, então com ele agora no comando, tudo aquilo que nós combinamos continua, inclusa o congelamento do salário do presidente do Saeg como eu fiz com o meu, com o dele também continua.

Atos – Além de um trabalho de gestão no Saeg, podemos falar que foi também um processo para despolitizar a Saeg?
Sampaio – Na verdade a minha ida para o Saeg foi mais a recuperação financeira e eu ajudei também porque o Saeg é sócio da Codesg, que é uma empresa altamente deficitária. A Codesg tinha um prejuízo mensal de R$ 300 mil, R$ 400 mil. Hoje, estamos em uma situação do Saeg mais tranquila. Até janeiro, já estará com a sua receita compatível com a sua despesa. Nós colocamos na Codesg o lixo, a limpeza da cidade, e a pavimentação. A Codesg sai da situação de penúria que ela estava. Outra situação é que quando nós tiramos a manutenção das escolas e passamos a pavimentação e a limpeza da cidade, houve um esvaziamento da secretaria de Serviços Urbanos, e um esvaziamento da secretaria de Obras, que fazia a pavimentação. Para reorganizar, estamos buscando que esses serviços da secretarias, com exceção do Transito, vá para a secretaria de Obras, para recompor aquela perda que teve com a pavimentação saindo de lá. Estamos propondo a criação de uma secretaria de Segurança e Mobilidade Urbana, que venha cuidar do transporte público, cuidar do trânsito e do monotonamente da cidade e dos radares, porque nós estamos licitando as câmeras de monotonamente que é um pleito antigo para que a gente possa trazer mais segurança pra Guaratinguetá.

Atos – Neste trabalho com as câmeras, Guaratinguetá tenta um apoio regional?
Sampaio – Nós estamos fazendo na frente porque se for esperar outras cidades, você fica na fila e nunca sai. Eu sempre tenho dito que o ótimo é inimigo do bom. Vamos fazer o bom primeiro é o que a cidade espera, então eu acredito que com essa nova secretaria, a cidade vai ter um ganho, na segurança que é um pleito antigo. A violência de Guaratinguetá não é pequena. Com as câmeras de monitoramento, com os radares vamos trabalhar com os rastreadores em todos os carros da Prefeitura.

Atos – A nova secretaria seria uma junção de secretarias, de estrutura?
Sampaio – Estamos pegando a secretaria de Serviço Urbano praticamente e unificando com a secretaria de Obras. Essa é a proposta que estamos levando para o prefeito, porque tem um serviço que não é feito em Guaratinguetá, que é a análise do impacto viário de um empreendimento que está sendo aprovado. É importante dizer que não aumentará o número de secretarias. Nós temos 15 secretarias e vamos continuar com 15, apenas você muda o serviço de uma para a outra e cria uma secretaria onde você valoriza um determinado tipo de serviço.

Atos – O que a Prefeitura tem projetado quando aos gastos para segurar os valores para o segundo ano de mandato?
Sampaio – Estamos reduzindo os valores das licitações. Vai sobrar dinheiro para pavimentar a cidade, pra investir na educação, na saúde. Esse mandato do Soliva vai entrar para a história.

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