Procon destaca queda de 1.500 reclamações em Guará
Órgão promove ações de conscientização no consumo desde 2013; população reclama do atendimento
Guaratinguetá
Uma dificuldade reconhecida pela coordenadora está na hora de trocar um produto. “As pessoas acreditam que você tem direito de chegar na loja e te dar um produto novo, mas a loja não tem nada a ver com isso”, afirmou a coordenadora, que lembrou ainda que é necessário contatar o fabricante. O prazo para que haja uma devolutiva do problema é de trinta dias. Em caso de solução, eles devolvem o produto, senão, há a opção do consumidor pedir uma troca ou cancelar a compra e ter seu dinheiro devolvido.
Cartilhas – Para ensinar bons modos de consumo, o Procon recebe diversos tipos de cartilhas com temas específicos, e distribui gratuitamente em eventos e na sede. “Nós temos algumas que são direitos básicos, temos uma que é específica para serviço financeiro, outra pra imóvel. Com relação à terceira idade, temos sobre as passagens de ônibus gratuitas”, explicou Priscila.
O Procon de Guaratinguetá também investe em palestras em escolas de menor aprendiz e atendimento na praça Conselheiro Rodrigues Alves. “As pessoas que nos procuraram não só tiveram o problema resolvido, mas também tiveram uma orientação para daqui para frente. De cada 10, 5 aprendem a lição, não caem mais em armadilhas”, realçou.
Burocracia – A estudante Ana Carolina Passos reclamou da dificuldade em resolver seus problemas no Procon. Ela já procurou o órgão algumas vezes e contou que da última vez, conseguiu apenas informações vagas. “Eles me auxiliaram, mas achei o processo muito demorado e não deixam você conversar diretamente com um advogado”, reclamou a jovem, que estava há meses enfrentando uma questão com uma empresa em que comprou uma mesa e cadeiras. A empresa teria demorado além do tempo esperado para a entrega dos móveis.
Auxiliada pela secretária do órgão, ela descobriu qual lei poderia usar a seu favor. “Eu queria conversar com um advogado, saber as leis ao certo. Ela só sabia o básico. Eu perguntava ‘mas eu tenho direito a isso por quê?’ e ela não tinha o conhecimento abrangente”, explicou.
Ana Carolina acabou desistindo do Procon pela burocracia. “Ela falou que caso nenhuma negociação desse certo, eu tinha que voltar lá e o Procon enviaria uma notificação para a empresa e teriam trinta dias para responder. Era muito demorado e enrolado”, criticou.