Mercadão de Guará retoma obras atrasadas de reestruturação

Amarradouro recebe iluminação, água e banheiros; prevista para fevereiro, entrega não tem mais prazo definido

O Mercado Municipal de Guaratinguetá; obra retomada após anos de espera por quem convive com local (Foto: Juliana Aguilera)
O Mercado Municipal de Guaratinguetá; obra retomada após anos de espera por quem convive com local (Foto: Juliana Aguilera)

Juliana Aguilera
Guaratinguetá

O Mercado Municipal de Guaratinguetá, tradicional atração turística, passa pela primeira fase de uma reforma que promete facilitar o dia a dia de quem trabalha e de quem consome no local. O projeto, que conta com orçamento de R$ 3 milhões, deve restaurar o Matadouro, energia elétrica, piso, fachadas e criar espaço para uma cafeteria, restaurantes e choperia.

As obras, que atendem primeiramente a área externa, onde fica o Amarradouro, deveria ser entregue em fevereiro, mas o cronograma deve atrasar.

Além dos reparos, foi construído no local um vestiário para funcionários. O vestiário dos permissionários está com metade da obra. A primeira fase da reforma, prevista para ser concluída em quatro meses, começou em novembro mas deve se estender além de fevereiro. Uma área isolada na entrada do Mercadão gera dúvidas entre os comissionados e frequentadores do local.

A feirante Neusa Matheus, 57 anos, administra a barraca da família há mais de trinta anos e afirmou não ter visto muita mudança até o momento. “A única coisa que mexeram foi o telhado, mas você vê goteira para tudo quanto é lado. Essa parede que começaram, não sei se vai continuar, porque está parada”, reclamou.

Neusa compareceu às reuniões e gostou do projeto da reforma, mas gostaria que as mudanças fossem feitas com mais agilidade. Ela afirmou que as reformas antigas ficaram somente na promessa. “O antigo prefeito só mexeu no banheiro. O atual foi o único que realmente fez as reuniões com a gente”, explicou.

Com as chuvas, há bancas que sofrem com goteiras. Já o calor tem prejudicado frutas e verduras. “Esse umidificador de ar não funciona, é complicado”, afirmou.

A vendedora de ovos Lucy Bassanelli, 60 anos, contou que o Sol tem atingido seu produto e que teve que se desfazer de alguns que ficam podres.
Lucy tem barraca no Mercadão há 16 anos e também reclamou da demora da reforma. “Nós precisamos dessa reforma. Os permissionários colocaram lona aqui por causa do calor, porque as mercadorias estragam. O prefeito deve olhar com mais carinho para o Mercado, vem bastante gente de fora aqui, ele tem que estar apresentável”, afirmou.

A autônoma Lúcia Mendes, 61 anos, costuma passar pelo local para comprar alguns alimentos para a semana. Ela afirmou que sente falta de ver o local sendo frequentado pela população, como antigamente. “Eu fui uma criança criada no Mercado. Nós vínhamos aqui encontrar de tudo. Hoje os açougues estão fechados, não tem mais variedade de alimentos e o preço acaba subindo”, explicou.

Segundo a secretaria de Turismo, a parte isolada da entrada do Mercadão serve de canteiro de obras, onde são guardadas ferramentas, ferragem, cimento, areia e um container para os funcionários da obra trocarem de roupa. A segunda parte da reforma deve acontecer na parte interna do mercado, com restauração de fachadas, readequação de bancas, instalação elétrica e hidráulica e reparos.

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