Falta de pediatras prejudica pacientes no Pronto Socorro de Guaratinguetá

Secretaria da Saúde confirma segunda falta de especialistas em três meses; mães fazem protesto

Entrada principal do Pronto Socorro de Guaratinguetá, no hospital Frei Galvão; cidade volta a sofrer com a falha no atendimento de pediatras (Foto: Arquivo Atos)
Entrada principal do Pronto Socorro de Guaratinguetá, no hospital Frei Galvão; cidade volta a sofrer com a falha no atendimento de pediatras (Foto: Arquivo Atos)

Leandro Oliveira
Guaratinguetá

Os pais que precisaram levar os filhos ao Pronto Socorro de Guaratinguetá no último fim de semana não encontraram nenhum pediatra de plantão. Famílias afirmaram que o problema é recorrente.

Para Célia Ribeiro, mãe de duas crianças, a situação precisa ser regularizada para que o atendimento em Guaratinguetá não seja afetado. “É normal você ouvir que faltaram médicos no Pronto Socorro. Eu não sei de quem é a culpa, mas tenho certeza que isso precisa melhorar. E se a gente precisa levar um filho para o médico e ele não está no hospital, o que a gente faz?”

A secretaria de Saúde confirmou a falta da especialista que faria o atendimento de plantão na noite de sábado. A confirmação entre o departamento e a profissional foi feita na sexta-feira, véspera do plantão, mas na tarde de sábado, a médica entrou em contato com a supervisão do Pronto Socorro e informou que não poderia comparecer ao trabalho.

“Eu não tenho como sair para buscar atendimento em outra cidade. Se não tem pediatra, tem que esperar atendimento de clínico geral ou voltar para casa. Só que esses médicos atendem todos os pacientes e o atendimento acaba demorando. Por isso tem que ter alguém de plantão sempre”, destacou a moradora.

Segundo a secretaria de Saúde, vários contatos foram feitos para substituir a pediatra, mas sem sucesso. A Santa Casa de Aparecida foi procurada, mas como a unidade também passa por dificuldades nesse tipo de atendimento, não pôde auxiliar. A Prefeitura de Guaratinguetá chegou a procurar a Santa Casa de Lorena, que não conseguiu atender à solicitação devido à assistência que o hospital tem dado aos pacientes de Cruzeiro.

Em agosto, o Pronto Socorro ficou sem obstetras durante um final de semana. A secretária de Saúde, Maria Gorete Gonçalves, informou que o PS ficou apenas um dia sem o especialista. Na época, Gorete contou que o médico avisou em cima da hora, e por esse motivo, a secretaria não conseguiu encontrar um substituto. Esse havia sido o primeiro caso de falta médica.

Em nota, a secretaria de Saúde informou que vai tomar todas as “medidas cabíveis, considerando que qualquer falta médica deve ser comunicada 48 horas antes, e em casos de acidente ou doença, exige-se a apresentação do atestado médico”.

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