Câmara de Guará aprova projeto que põe fim a reeleição à presidência

Alteração da lei impossibilita também que outros cargos da mesa diretora se mantenham; Celão e Arilson divergem

O ex e o atual presidente da Câmara de Guará; Celão coleciona três mandatos e Arilson cumpre única gestão (Fotos: Leandro Oliveira e Rafaela Lourenço)

Fabiana Cugolo
Guaratinguetá 

A Câmara de Guaratinguetá aprovou, na última terça-feira, o fim da reeleição para a presidência da Casa dentro de uma mesma legislatura. A proposta teve parecer favorável da mesa diretora e recebeu o sim de 9 dos 11 vereadores.

O projeto já entrou em debate em novembro de 2020. Neste ano, voltou à discussão, após solicitação dos vereadores Nei Carteiro (MDB), Fabrício da Aeronáutica (MDB), Marcelo da Santa Casa (PSD) e Márcio Almeida (PSC).

Além dos autores, votaram pela proposta Alexandra Andrade (PL), Dani Dias (PSC), Pedro Sannini (PSC), Vantuir Faria (MDB), e Arilson Santos (PSC). Os votos contra o fim da reeleição foram de Marcelo Coutinho, o Celão (PSD) e Rosa Filippo (PSD).

Contrário ao projeto, Celão, que foi presidente da Câmara por três biênios consecutivos (2015/2016, 2017/2018 e 2019/2020), não escondeu a rejeição à medida. “Eu acredito que nós temos hoje o que é mais viável para não haver uma reeleição, que é o voto. Se nós vereadores não quisermos reeleger ninguém dentro da Câmara, temos essa prerrogativa, através do voto”, destacou durante a votação. “Eu tenho outro ponto de vista. Acho que é um projeto antidemocrático”, frisou.

Com a aprovação, a chance de um presidente da Casa se relegar (o que havia sido aprovado em 2016) se torna barrada. Além do presidente, está proibido ainda a reeleição de qualquer um dos membros da mesa diretora para o mesmo cargo. “Eu não seria hipócrita, demagogo, em momento algum de votar contra um projeto do qual eu fiz uso da prerrogativa”, completou Celão, ainda na tribuna.

O atual presidente da Câmara de Guará, Arilson Santos, que foi favorável ao projeto, contrariou o antecessor e destacou que acredita que a votação mostra a democracia dentro do Legislativo “Um grande passo foi dado. Isso demonstrou a pluralidade. A votação favorável teve votos dos quatro partidos, o que mostra que foi o que a maioria queria”, exaltou.

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