Câmara aprova 10,5% para servidores e Prefeitura deve ter novo confronto com Sindicato

Reajuste de salários não agradou setor, que pedia 25%; professores tem correção acima de 33%

Soliva e Ayres posam após assinatura de plano de cargos em 2017; prefeito e sindicalista se confrontam em 2022 por reajuste (Foto: Arquivo Atos)

Da Redação
Guaratinguetá

Ao aprovar o projeto para reajuste salarial dos servidores municipais em 10,5%, os vereadores de Guaratinguetá deram liberação para novo choque entre o prefeito Marcus Soliva e o sindicato da categoria. A proposta, encaminhada pela Prefeitura ao Legislativo vale para a administração direta e indireta.

Além do reajuste salarial para os servidores gerais, o Município enviou a proposta de reajuste para professores da educação básica municipal, também aprovada pela Câmara com correção de 33,16%. Os profissionais que exercem função de coordenador pedagógico terão salários reajustados em 14,72%. Todas as correções serão feitas retroativas a janeiro deste ano.

Após a aprovação, que ocorreu na sessão da última quinta-feira (23), o projeto seguiu para sanção do prefeito Marcus Soliva (PSC).

O documento era aguardado pelos servidores. Antes da votação, a pauta já havia sido debatida na Casa, com a possibilidade de reajuste salarial para professores da educação básica acima dos 33%, após autorização do presidente Jair Bolsonaro (PL) no início do ano.

A medida, assinada por Bolsonaro, alterou o piso salarial para educadores em todo o país e poderia causar inchaço na folha salarial das prefeituras, o que poderia comprometer o orçamento municipal com a Lei de Responsabilidade Fiscal. Em Guaratinguetá, o projeto foi elaborado pelas secretarias de Administração e Fazenda e passou por análise criteriosa antes de ir ao plenário.

Outro lado – Em nota, o Sisemug (Sindicato dos Servidores Municipais de Guaratinguetá) informou que vai ajuizar uma ação de dissídio coletivo no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) e que é contra o percentual fixado para o reajuste e que os trabalhadores decidiram em assembleia que a reposição inflacionária ideal seria de 25%, para repor perdas salariais dos últimos meses.

O presidente do Sindicato, José Eduardo Ayres, informou em vídeo nas redes sociais que os trabalhadores decidiram pela elevação do vale alimentação para R$ 700 enquanto a proposta da Prefeitura reajustava de R$ 400 para R$ 500.

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