Após cancelamento de licitação, Aceg pede agilidade por Zona Azul
Associação cita queda de vendas no comércio do centro de Guará; sem o estacionamento rotativo, vagas da região estão sempre lotadas
Leandro Oliveira Guaratinguetá
A falta do estacionamento rotativo em Guaratinguetá causa incômodo aos motoristas que não encontram vagas para estacionar, mas também aos comerciantes da cidade. Sem a Zona Azul, as principais vias da região central permanecem o dia inteiro com praticamente todas as vagas ocupadas. A rotatividade pela ocupação das vagas deixou de existir e os lojistas estão preocupados com as quedas nas vendas.
No fim do ano passado o temor era parecido. Sem a Zona Azul, em dezembro, a Aceg (Associação Comercial e Empresarial de Guaratinguetá) mostrou receio de que as vendas para o Natal sofressem queda. Houve uma reunião na época onde os lojistas demonstraram dificuldades enfrentadas pelos clientes que, muitas vezes, optavam por fazer compras em outra cidade ou centro comercial.
Seis meses depois, o cenário é o mesmo. As vias permanecem com quase todas as vagas ocupadas e estacionar no centro da cidade se tornou uma tarefa cansativa. O presidente da Aceg, Ricardo Teberga, confirmou que as reclamações dos comerciantes ainda são frequentes, principalmente após o cancelamento da licitação para contratar a nova operadora da Zona Azul.
“A Aceg já foi à Promotoria de Justiça. A Prefeitura abriu uma licitação e não houve interessados pelo serviço”, iniciou. “A falta da Zona Azul prejudica bastante, não só no comércio, mas restaurantes e outros estabelecimentos. Você não tem vaga suficiente e o cliente se afasta do centro por causa disso. Esperamos que seja solucionado o mais rápido possível, porque daqui a pouco estamos nos aproximando do Natal de novo e a gente vê isso com bastante preocupação”, detalhou.
Outro lado – No fim de 2018 a Prefeitura de Guaratinguetá elaborou a licitação para contratar uma nova empresa para operar a Zona Azul. A previsão era de que o certame fosse concluído em fevereiro, porém, após recomendação do Tribunal de Contas, o processo foi suspenso. A licitação foi retomada em junho, mas nenhuma empresa compareceu à abertura dos envelopes. Sem concorrentes, o certame foi cancelado.
“O quanto antes (será resolvido). O anseio de todos é pelo retorno do estacionamento rotativo, considerando que na prática, verificamos uma grande dificuldade em especial na área central. Estamos fazendo uma verificação e revisão para abrir um novo edital”, explicou o secretário de Mobilidade Urbana, Marco Antônio ‘Major’ Oliveira.
Legalmente, a Prefeitura precisa aguardar trinta dias até abrir um novo certame licitatório. Além da região central, bairros como Campo do Galvão, São Benedito e Pedregulho também têm vagas do estacionamento rotativo. Sem a Zona Azul, os flanelinhas voltaram a ocupar pontos estratégicos no município, em especial próximo de hospitais.