Vale Histórico aguarda sistema de monitoramento

Detecta deve garantir tecnologia para combate ao tráfico de drogas; Queluz aposta na iniciativa privada

Reunião em Queluz debateu instalação do Detecta para os municípios do Vale Histórico; sala de monitoramento do Governo do Estado conta com estrutura ampliada (Fotos: Reproduções PMQ e GESP)
Reunião em Queluz debateu instalação do Detecta para os municípios do Vale Histórico; sala de monitoramento do Estado conta com estrutura ampliada (Fotos: Reproduções PMQ e GESP)

Caroline Meyer
Região

O sistema Detecta de monitoramento do Estado está em processo de negociação para a instalação de câmeras nas cidades do Vale Histórico. A iniciativa estadual fornece a tecnologia e a implantação depende das verbas de cada prefeitura. Queluz aposta em alternativas para conseguir recursos para a iniciativa.

O programa é da secretária de Segurança Pública do Estado e foi trazido para a região em uma reunião realizada em Queluz, ainda em fevereiro.
O uso do sistema foi proposto pelo prefeito de Bananal, Carlindo Rodrigues, o Piá (PDT), que combina o sistema de monitoramento de câmeras com um banco de dados integrado às polícias Civil e Militar, facilitando o reconhecimento de criminosos, vítimas e placas de carros que são registrados pelas imagens.

A medida busca ser implantada em todas as cidades do Vale Histórico, como Queluz, Silveiras, São José do Barreiros, Areias, Arapeí e Bananal e também em municípios como Cruzeiro e Lavrinhas. Segundo o prefeito de Queluz, Laurindo Garcez (PSDB) a necessidade da implantação é motivada pela característica do Vale Histórico como rota alternativa para o escoamento do tráfico de drogas. “Essas cidades são uma opção por eles (os traficantes) acharem que são menores e que não vai ter monitoramento. Aqui, na entrada do Rio de Janeiro, tem um posto de fiscalização enorme e as chances de as cargas serem apreendidas é muito grande. Por isso, eles acabam seguindo por essas cidades menores”, explicou o prefeito, que destacou ainda que o Estado só fornece a tecnologia das câmeras interligadas ao banco de dados, deixando os recursos para a implantação do sistema nas mãos das prefeituras.

Como forma de agilizar as negociações, que já teve licitação aprovada, Garcez pretende utilizar recursos da iniciativa privada por meio de empresas e postos de gasolina do município. “Eu vou partir para a iniciativa privada. Que façam doação da câmera para o município, como os postos de gasolina que poderão utilizar essa tecnologia de monitoramento para saber se existe a presença de carro roubado”, detalhou Garcez.

Outra alternativa apontada pelo prefeito é usar parte do recurso que a cidade recebe por ser MIT (Município de Interesse Turístico), destinado a revitalização das praças, para a implantação de cerca de 12 câmeras nesses locais com essa tecnologia.
O prefeito acredita que até o segundo semestre a nova ferramenta já esteja em funcionamento.

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