Thales Gabriel revela que sem apoio do Estado, Santa Casa de Cruzeiro pode fechar
Prefeito confirma situação crítica de hospital, que tem dívida de R$ 20 milhões e cobrou socorro a Doria
Cruzeiro
Fonseca foi indagado pelo Jornal Atos sobre a real possibilidade de fechamento do hospital. “As falas são fortes e devem ser fortes”, afirmou. “A Santa Casa de Cruzeiro só não está fechada em decorrência da parceria com a Prefeitura. Se o Estado não se movimentar e fortalecer os hospitais daqui, teremos sérios problemas, principalmente a Santa Casa de Cruzeiro, que atende todo o Vale Histórico”.
O fortalecimento dos hospitais da região foi pauta principal da reunião. Bertaiolli citou que a proposta ideal para dar sobrevida às santas casas é estruturar, capacitar e injetar recursos em cada hospital, desde que não haja conflitos de atendimentos prestados em cada unidade. “A grande defesa que eu faço é pela integração da saúde pública. Temos muitos hospitais que oferecem uma qualidade acima da média e, portanto, merecem mais investimentos do Governo Estadual e Federal para custear os seus serviços e aumentar os serviços prestados”.
Segundo Thales, na última apuração feita pelo município foi confirmado que a dívida da Santa Casa ainda está acima dos R$ 20 milhões. O hospital possuía um déficit mensal de aproximadamente R$ 300 mil até novembro de 2018. Com a assinatura de novos convênios, o prejuízo está sendo saldado gradativamente, porém, a dívida ainda é contínua. “Temos um passivo muito grande, principalmente no que diz respeito às ações trabalhistas de funcionários que saíram. Junto com o Fundo de Garantia e o INSS, faz com que a conta não feche todos os meses. Se for contar só o que entra e o que sai todo mês (recursos), o saldo é positivo, no entanto, com o passivo o déficit é mensal, e a gente precisa da ajuda do Estado”, clamou o prefeito.
No ano passado a Santa Casa de Cruzeiro adquiriu um arco cirúrgico e um tomógrafo. Os equipamentos ampliaram os atendimentos do hospital aos moradores do Vale Histórico. A intervenção municipal sobre o hospital deve seguir até o fim do mandato, segundo o próprio prefeito.
A pauta do que foi discutido nas duas reuniões será encaminhada ao Governo do Estado de São Paulo, através da Frente Parlamentar, e ao Ministério da Saúde. Uma nova reunião com lideranças do Estado está prevista ainda para o mês de maio, mas ainda sem data definida.