Santa Casa de Cruzeiro amplia estrutura e projeta ala de hemodiálise para atender Vale Histórico
Thales Gabriel garante apoio de mais oito cidades para obter recursos em novos leitos; microrregião aguarda adesão do Estado
Andréa Moroni
RMVale
A necessidade de ampliar o atendimento regional na saúde foi o foco de uma reunião do Consórcio dos Municípios do Vale Histórico, realizado no início desta semana. Presidido pelo prefeito de São José do Barreiro, Lê Braga (PSDB), o grupo debateu ações para a ampliação da estrutura da Santa Casa de Cruzeiro, com direito a plano para implantação de serviços e abordagem ao estado, por recursos.
A reunião, além de São José do Barreiro, contou com representantes das cidades de Arapeí, Areias, Bananal, Cruzeiro, Lavrinhas, São José do Barreiro, Silveiras e Queluz.
Segundo o prefeito de Cruzeiro, Thales Gabriel Fonseca (PSD), o objetivo do encontro foi definir um trabalho em conjunto sobre as políticas públicas na saúde, com destaque para ações apresentadas para o hospital, que é referência para a sub-região.
“A Santa Casa é a primeira porta de entrada para atendimentos, primeira porta para cirurgias, primeira porta para traumas. Foi apresentado para os prefeitos a porcentagem de atendimentos às demais cidades do Vale Histórico”, contou Fonseca.
O hospital apresentou uma proposta de aumentar os serviços em saúde, desde mais leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), clínica médica, procedimentos cirúrgicos e mais especialidades. “Nós tivemos que ampliar os serviços do hospital durante a pandemia. Nós criamos 14 leitos de clínica médica e dez leitos de UTI. Naquele período, o custo era bancado pelos governos do Estado e Federal, mas com o fim da crise a prefeitura teve que arcar com essa despesa”.
Além das sete cidades da sub-região e Cruzeiro, a proposta foi acompanhada por Cachoeira Paulista. “Nós tivemos também a adesão ao nosso grupo de Cachoeira, com a participação do prefeito Antônio Mineiro (MDB)”, contou o prefeito cruzeirense.
A proposta para as prefeituras, segundo Fonseca, é que os municípios do Vale Histórico busquem recursos para esses leitos novos. “Mas para isso nós vamos conversar com a Regional de Saúde e com o Estado para que a gente possa fazer um cofinanciamento desse valor mensal através do consórcio do Vale Histórico”. O valor para manutenção desses leitos gira em torno dos R$ 700 mil mensais.
Hemodiálise – Os pacientes renais que precisam de hemodiálise no Vale Histórico recorrem a Cruzeiro para o atendimento. Mas a empresa terceirizada que presta o serviço já comunicou que vai encerrar o serviço no mês de junho. “Para evitar que nossos pacientes tenham que ser encaminhados para mais longe, como Taubaté, por exemplo, a Santa Casa de Cruzeiro apresentou um projeto para a criação de uma ala para a realização de hemodiálise”, explicou o prefeito de Cruzeiro.
O custo para a adequação do local será de R$ 600 mil e a obra deve levar de 3 a 4 meses. “Nossa proposta foi ratear entre os prefeitos esse valor, o que dá cerca de R$ 67 mil para cada prefeitura, mais os R$ 170 mil repassados pelo Estado para a empresa terceirizada, que não vai mais realizar o serviço. Os prefeitos concordaram e a obra deve começar nos próximos dias”, informou Fonseca.
