Revoltados com IPTU, moradores cobram ação da Câmara de Cruzeiro

Com apitos e faixas, moradores coletam assinaturas em movimento que tenta reverter aumento do tributo

Moradores de Cruzeiro vão à Câmara protestar contra reajuste do IPTU; movimento cobra apoio na Casa (Foto: Rafael Rodrigues)
Moradores de Cruzeiro vão à Câmara protestar contra reajuste do IPTU; movimento cobra apoio na Casa (Foto: Rafael Rodrigues)

Rafael Rodrigues
Cruzeiro

Dezenas de moradores de Cruzeiro, revoltados com o aumento de mais de 150% no IPUT de vários imóveis, foram às ruas coletar assinatura para um abaixo-assinado contra a medida anunciada pela Prefeitura sobre o imposto.

O reajuste pegou de surpresa toda população que não aceitou as explicações da Prefeitura que a medida foi necessária, já que a gestão passada não havia aprovado nenhum projeto requerendo a adequação da alíquota tributária do município.

Com faixas e apitos, os moradores foram até a porta da Câmara para pressionar os vereadores na sessão da última segunda-feira. Diante da indignação, o presidente da Casa, Charles Fernandes (PR), abriu uma audiência pública.

A manifestação contra o aumento foi intensa. Os moradores não pouparam críticas e vaias durante o grande expediente, quando parlamentares fizeram uso da tribuna. Um dos mais atacados foi o vereador Mario Notarangeli (SD), que chegou a ser vaiado ao dizer que “achava que não tinha mais o que se fazer”.

A população tem se empenhado para cobrar uma revisão nos valores do imposto. A estudante Lilian D’Eleutério tem coletado assinaturas para engrossar o abaixo-assinado. “A nossa reinvindicação era para que se mantivesse o aumento de 8,74%. Como não teve nenhuma divulgação de que haveria esse reajuste, pegou todo mundo de surpresa”.

Outro morador da cidade, Vinicius Ribeiro, alegou na Câmara que toda população se sentiu lesada, já que reajustes que beiram 150% prejudicam qualquer pessoa, inclusive comerciantes. “Nos sentimos lesados com relação ao aumento, e como o reajuste foi muito absurdo, acabou lesando o bolso do contribuinte.

Viemos para Câmara, que nos representa, para que tomem providências, porque tudo isso está prejudicando nossa população”, salientou. “Os vereadores não tomaram nenhuma posição, e eu percebi que muitos ficaram em cima do muro”.

Legislativo – O presidente da Câmara fez questão de dizer que não há possibilidade de os vereadores reverterem a situação e que o máximo que podem fazer são reuniões e manifestações contrárias. “Não cabe ao Poder Legislativo nenhuma ação sobre a questão do IPTU, senão as já efetuadas como as reuniões realizadas com o prefeito, as manifestações contrárias formais que foram enviadas. O fato é que estas ações não são definitivas e não tem o poder de inviabilizar o aumento”, frisou Charles Fernandes.

“A insatisfação é justa e compartilhamos desta enquanto representantes do povo e cidadãos. Por limitações legais não temos uma solução para a questão. Estamos pressionando a Prefeitura e buscando sensibilizar o prefeito, pois é evidente que a população sofrerá mais uma vez o peso de ingerências, arcando com o custo de forma solitária. Aguardamos que se reverta esta situação viabilizando o imposto a todos dentro do que é justo”.

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