Projeto voluntário enfrenta drogas e álcool em Cruzeiro

Cidade se une para diminuir os impactos dos problemas sociais com ações práticas e estudos sobre o tema

Participantes do projeto Coalizão, que busca apoio para afastar o risco das drogas nas ruas de Cruzeiro (Foto: Divulgação)
Participantes do projeto Coalizão, que busca apoio para afastar o risco das drogas nas ruas de Cruzeiro (Foto: Divulgação)
Rafael Rodrigues
Cruzeiro
Lançado na última semana em Cruzeiro, o Projeto Coalizão quer unir a cidade em busca do enfrentamento do uso abusivo de álcool e drogas no município. Para isso conta com um grupo de pessoas, formado pela sociedade civil, empresas, comércios e poder público; a Associação Pró Coalizões Comunitárias Antidrogas do Brasil, que tem métodos e princípios de resultados comprovados em diversas partes do mundo.

A coordenadora do projeto em Cruzeiro, Carina Franqueira, lembrou que a cidade sofre como qualquer outra no País, com o aumento de usuários de drogas, principalmente entre jovens e adolescentes. O ‘Coalizão’ chegou à cidade depois que a coordenadora foi convidada pelo prefeito Thales Gabriel Fonseca (PR) para fazer parte da equipe de Saúde na cidade. “Eu participei de uma conferência no ano passado e conheci o projeto. Como eu já tinha conversado com o prefeito, comecei a analisar alguns programas para implantar na cidade”, contou a coordenadora.

De acordo com Carina, o projeto não tem fins lucrativos, sequer recebe verbas, realidade que deve mudar, já que a partir de 2018 o Estado selecionou municípios (entre eles Cruzeiro) para oferecer parcerias e disponibilizar meios para que o projeto possa ser implantado. “Não existe ajuda financeira, mas sim para arrumar uma sede e também material informático para realização de eventos de prevenção”.

Atualmente o projeto conta com um grupo formado por comerciantes, empresários, a Polícia e membros da Igreja, que desde o ano passado tem se encontrado para definir as ações de trabalho.

Uma das pessoas que ingressaram no grupo é Erick Santos, diretor do Instituto Palpare, uma ONG (Organização Não Governamental) que tem desempenhado um papel importante junto ao Município. Ele disse que a iniciativa tem grandes possibilidades para ser bem-sucedida. “Acredito que pode e vai dar certo se todos derem a mão para essa causa. A droga, seja ela lícita ou ilícita, precisa ser prevenida em casa, na escola, nas ruas e só vamos alcançar esses espaços com todos se abrindo para isso”.

Ele acredita que a ideia de prevenção é mais eficiente para enfrentar os problemas que surgem com o uso indiscriminado de drogas e álcool. “Prevenir é muito mais eficaz e produtivo do que recuperar. Ao longo dos anos, olhamos somente os resultados e então montamos ações para intervir, a Coalizão tem os métodos para antecipar esse caos”.

Carina Franqueira explicou que inicialmente o grupo irá pesquisar a realidade de Cruzeiro para, em seguida, aplicar ações práticas de conscientização. Para ela, como cada cidade tem sua particularidade, é necessário um levantamento prévio dos dados sobre o tema. “Um levantamento de todos os problemas e impactos sofridos com as drogas. Só podemos fazer alguma ação quando entendermos o problema no município”.

A pesquisa será feita inicialmente com dados obtidos com a Polícia Militar, Santa Casa, comércio, escolas e população em geral.

A ideia, segundo Carina, é que os jovens conheçam possibilidades de lazer sem que haja a necessidade do abuso dessas substâncias. “Ninguém quer que o jovem não seja jovem. Não vamos dizer que ele tem que ser careta, mas sim que ele tem que tomar cuidado com os abusos e os problemas que as drogas trazem”.

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