PM fecha o cerco contra ‘flanelinhas’ em Cruzeiro
Ação da polícia prende 15 homens e apreende um menor nas ruas; capitão quer “devolver a cidade para população”
Rafael Rodrigues
Cruzeiro
A Polícia Militar de Cruzeiro resolveu fechar o cerco contra os chamados ‘flanelinhas’ (pessoas que vigiam carros em troca de dinheiro) nas ruas centrais da cidade. Uma operação realizada na última quarta-feira prendeu 15 homens e apreendeu um menor, acusados de contraversão, exercendo ilegalmente a profissão. Nenhum deles tem autorização para trabalharem como vigias de carros.
Todos os envolvidos foram encaminhados até a delegacia onde foi lavrado boletim de ocorrência por contraversão, e em seguida liberados.
De acordo com o capitão Willian, comandante da 4ª Companhia da Polícia Militar de Cruzeiro, a medida se fez necessária devido aos decorrentes problemas, que segundo ele, tem sido causados por esses indivíduos, como furtos e roubos.
“Realizamos uma operação para que a gente combatesse esse tipo de contraversão. Esses flanelinhas estão causando problemas para população e para os comerciantes. Eles exigem dinheiro para vigiar o carro, e se não são pagos, arranham o veículo e ainda brigam por território”, salientou o militar.
Segundo o policial não houve pressão da população para que a PM realizasse a operação, que deve continuar nos próximos dias. “Não houve pressão, mas dois comerciantes me disseram que os flanelinhas estavam agressivos, exigindo dinheiro. Já há algum tempo estamos visando apoiar a Prefeitura para que possamos diminuir delitos no centro da cidade”.
O capitão afirmou que relatos dão conta que essas pessoas ao cometerem esse tipo de crime (contraversão) acabam desencadeando outros delitos mais graves. “Eles acabam cometendo outros tipos de crimes como furtos, favorecem outras pessoas a roubarem, então estamos atacando um delito pequeno para diminuir delitos maiores”.
Para o policial é necessário mais do que a ação da PM para coibir esse tipo de problema na cidade. Segundo ele, reuniões estão sendo feitas entre outros segmentos, incluindo a Prefeitura, para que diminua o número de moradores em situação de rua e, consequentemente, o número de flanelinhas. “Na semana passada tivemos uma reunião com a Prefeitura e órgãos de assistência, para que cada um em sua função consiga ajudar e diminuir esse tipo de crime”.
A reportagem do Jornal Atos tentou entrar em contato com a secretária de Desenvolvimento Social, Regina Fili. Por telefone, ela respondeu apenas que algumas ações estão sendo realizadas, sem especificar quais e com quais objetivos.