Pacientes afirmam falta de médicos e equipamentos básicos nos postos de saúde de Cruzeiro

Atendimento continua com horário e pessoal reduzido; Prefeitura quer regularizar a situação da rede até o próximo mês

Pacientes aguardam atendimento no Posto de Saúde da Cecap em Cruzeiro; local é um dos pontos que sofrem com a falta de médicos e equipamentos básicos (Foto: Maria Fernanda Rezende)
Pacientes aguardam atendimento no Posto de Saúde da Cecap em Cruzeiro; local é um dos pontos que sofrem com a falta de médicos e equipamentos básicos (Foto: Maria Fernanda Rezende)

Maria Fernanda Rezende
Cruzeiro

Dos serviços básicos afetados pela crise financeira de Cruzeiro, a rede municipal de saúde ainda é o setor mais problemático. Moradores afirmam que não encontram médicos nos Postos de Saúde e UBS e, exames e atendimentos comuns são cancelados por falta de equipamento.

Após a demissão de mais de cem funcionários contratados da área de saúde, no fim do ano passado, os postinhos e unidades básicas passaram a funcionar somente na parte da manhã. Segundo o ex-prefeito Rafic Simão (PMDB), a Prefeitura não poderia pagar por mais horas trabalhadas e com a redução de pessoal, houve um remanejamento para que o atendimento não fosse prejudicado.

A realidade atual é bem diferente do planejamento. Pacientes relatam a ausência de uma chefia para enfermeiros e médicos. Um abaixo assinado feito por moradores do bairro Jardim América, cobra uma solução.

“No postinho daqui não tem clínico geral, que é o mais procurado. O povo humilde não sabe mais o que fazer. São pessoas com problemas como diabetes e pressão alta. Eles precisam de receita para pegar remédio. Nem no ARE (Ambulatório Regional de Especialidades) tem”, protestou uma moradora do bairro, que não quis se identificar.

Quando o problema não é a falta de profissionais, a carência é de itens básicos para o atendimento. Anderson da Silva foi à UBS da Cecap, retirar os pontos de uma cirurgia. Sem os equipamentos adequados para o procedimento, a enfermeira foi obrigada a fazer o atendimento com as mãos. “Nem uma pinça a enfermeira tinha à disposição. Ela me disse que há uma grande deficiência nos postos de saúde, como a falta de gaze, mertiolate, coisas básicas para curativos”, comentou.

Em resposta ao Jornal Atos, a Prefeitura informou apenas que a administração municipal pretende regularizar a situação dos postinhos e UBS para que voltem a funcionar até às 17h, já no próximo mês. Quanto ao problema para obtenção de receita médica, a nota destacou que os pacientes devem procurar a secretaria de Saúde da cidade.

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