Lojistas de Cruzeiro querem evitar paralisação na próxima terça

Acordos entre Associação Comercial e governo de Thales Gabriel sobre o aumento do IPTU ainda seguem em discussão

O centro comercial de Cruzeiro, que teve alarde sobre possível paralisação contra o IPTU na próxima terça (Foto: Andreah Martins)
O centro comercial de Cruzeiro, que teve alarde sobre possível paralisação contra o IPTU na próxima terça (Foto: Andreah Martins)

Andreah Martins
Cruzeiro

Em Cruzeiro, a reprovação quanto à nova cobrança do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) deste ano é quase unânime. Entre os setores descontentes, o comércio assinala com protesto que ameaça fechar as portas das lojas da cidade.

Os lojistas, que com o reajuste terão um aumento de até 150% em relação ao ano passado, também estão insatisfeitos. A ACC (Associação Comercial de Cruzeiro) tem realizado reuniões para tentar reverter a situação com a administração, mas até agora nada foi acordado.

Os comerciantes acreditam que a proposta de greve na próxima terça-feira não terá efeito. “Acho que seria válido uma manifestação, como o comércio abrir às 10h e todo mundo ir à frente da Prefeitura. Para a gente aqui na região é difícil fechar, mas também é complicado o IPTU com 150% de aumento com essa situação difícil”, avaliou a gerente de uma loja de departamento, Graziela Alves.

Também gerente de uma loja de departamento, André Bueno foi mais um que manifestou rejeição à possível greve. Ele afirmou que as lojas não teriam sido informadas das reuniões. “Não vieram falar nada, mas tenho certeza que as lojas de rede não vão aderir. É um prejuízo muito grande. Maio é o mês que mais tem lucro, depois de dezembro. Já ficamos dois dias nesse ano sem abrir por conta de feriados. Não tem como”.

Bueno explicou ainda o fato de tentarem implementar uma paralisação próxima ao Dia das Mães. “Já está terrível o comércio. Na terça-feira a venda é alta, porque é logo após o feriado, ainda mais que atendemos às regras da matriz. Os donos das próprias lojas podem ser que façam, mas acho difícil devido ao movimento”, completou.

A subgerente de uma loja no Centro da cidade, Maria Santana, acredita que a população precisa tomar iniciativa. “Se tivesse uma manifestação seria bom, porque o IPTU está muito caro mesmo”.

A Prefeitura informou que está em conversas com os associados, prestando atenção aos pedidos e esclarecendo as medidas tomadas pela gestão neste ano. Ainda não há nenhum acordo firmado.

A reportagem do Jornal Atos entrou em contato com a presidência da ACC, mas até o fechamento desta matéria não houve resposta.

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