Falta de ônibus prometido pela Prefeitura impede jovens atletas de Cruzeiro de competir em Taubaté
Responsável pelo serviço prestado à equipe de atletismo cancela a viagem por problemas no ônibus sem comunicar atendidos; crianças esperaram por cerca de duas horas
Maria Fernanda Rezende
Cruzeiro
A equipe da Associação Atlética Papaléguas de Cruzeiro, que participaria de uma competição esportiva em Taubaté no último sábado, fez um protesto contra o que chamou de descaso da Prefeitura. O transporte prometido pela administração municipal não foi oferecido. O ônibus seria da frota da educação municipal.
Às 6h, as crianças e adolescentes já esperavam no local combinado para saída. Cerca de uma hora depois, o secretário de Educação, Carlinhos do Valle foi contatado e pediu para que o problema fosse resolvido com o chefe de transportes.
Segundo relato da equipe, o responsável pelos veículos alegou, por telefone, que o ônibus havia quebrado na noite anterior e a viagem tinha sido cancelada. Ninguém do Papaléguas teria sido avisado previamente.
O presidente da associação, José Luiz Ribeiro, afirmou que tudo foi acertado com três semanas de antecedência e que dois dias antes da data da competição, havia confirmado que tudo ocorreria de acordo.
“Uma competição envolve muita coisa. Tem lanche para os atletas, as inscrições, a documentação. Me ligaram de Taubaté dizendo que todas outras cidades compareceram, menos Cruzeiro”, lamentou o presidente.
Marcilene Candido, mãe de uma das crianças que participaria do evento, disse que esperaram por duas horas para terem a resposta do cancelamento da viagem. “Deixei meu filho com o pai no ponto de encontro, às 6h, e só às 8h avisaram que não iriam. Meu filho treinou a semana toda, foi muita sacanagem”, criticou.
Ribeiro relatou ainda que teve conhecimento prévio de problemas do ônibus, como um retrovisor quebrado, mas que tudo já havia sido concertado quando foi confirmar a ida à Taubaté. Ele reiterou dizendo que agradece o prefeito pela atenção e autorização do uso do transporte e que o erro foi a falta de diálogo dos responsáveis pelo ônibus.
Em resposta ao Jornal Atos, a Prefeitura lamentou o fato, alegando que “a administração assumiu a Prefeitura com a toda a frota sucateada”. O Executivo afirmou ainda que irá se comprometer a trabalhar para que a situação não se repita.