Dois anos após o fim do mandato, Ana Karin entra na mira da Justiça

Ministério Público aponta suposto desvio de R$ 212 mil na gestão da ex-prefeita de Cruzeiro

Ana Karin
A ex-prefeita de Cruzeiro, Ana Karin que responderá pelo suposto desvio de dinheiro público (Foto: Arquivo Atos)

Rafael Rodrigues
Cruzeiro

O Ministério Público propôs uma ação civil pública contra a ex-prefeita de Cruzeiro, Ana Karin (PRB), por suposto desvio de R$ 212 mil dos cofres públicos. Além dela, outras nove pessoas e três empresas também são alvos de investigação.

A ação ajuizada pelo promotor Queiroz Lima avalia que o desvio teria ocorrido por meio de uma licitação, na modalidade carta-convite, realizada em 2009 na área da Educação.

De acordo com o MP, três empresas foram convidadas pelo Executivo para participar da concorrência, sendo que duas delas administradas por pessoas ligadas à ex-prefeita à época. A terceira empresa, foi desclassificada por não apresentar todos os documentos que foram exigidos.

Ainda de acordo com o promotor, a empresa não tinha entre suas atividades a instalação de toldos, e por isso não poderia ter sido convidada a participar do certame.

Nesse processo licitatório foram gastos aproximadamente R$ 80 mil, o que segundo a Promotoria caracterizou-se como superfaturamento, já que o serviço não passava de R$ 14 mil. Além da ex-prefeita, também teriam participado do esquema pessoas ligadas à comissão de Licitação e procuradores jurídicos municipais.

A estratégia, como aponta o MP, teria sido colocada em prática em ao menos outras duas licitações, uma para a compra de materiais para diversas secretarias, e outra para contratação de empresa que ficaria responsável pela confecção de faixa para divulgação de evento da secretaria de Educação, somando mais de R$ 212 mil.

Em nota, a ex-prefeita de Cruzeiro Ana Karin afirmou que em seus dois mandatos sempre zelou pela transparência e pelos devidos processos legais das licitações, sem nunca ter algum contato com fornecedores ou funcionários do setor que pudessem ensejar qualquer tipo de favorecimento. A ex-prefeita disse, em nota, que as contas públicas referentes ao período mencionado foram aprovadas pelo Tribunal de Contas.

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