Cruzeiro propõe retirada de camelôs das calçadas e mudança para Rua 2

De acordo com projeto, local é próprio para as barracas; comerciantes rejeitam ideia por baixo movimento na região

Um dos pontos mais conhecidos em Cruzeiro com vendas de mercadorias em camelôs; comerciantes desaprovam o projeto de mudança no local de comércio ambulante (Foto: Maria Fernanda Rezende)
Um dos pontos mais conhecidos em Cruzeiro com vendas de mercadorias em camelôs; comerciantes desaprovam o projeto de mudança no local de comércio ambulante (Foto: Maria Fernanda Rezende)

Maria Fernanda Rezende
Cruzeiro

Em reunião com os proprietários de camelôs, na manhã da última segunda-feira, a Prefeitura de Cruzeiro apresentou a proposta de alteração de local onde os comerciantes atuam, com o plano de criação de uma “Praça de Camelôs” na cidade. Os ambulantes criticam a mudança, afirmando que poderá ocasionar queda nas vendas.

Um dos motivos para essa proposta é a desocupação das calçadas visando um novo projeto de acessibilidade no município e a melhoria para o tráfego de pedestres.

A proposta inicial é que todos camelôs se concentrem em um local na rua Engenheiro Antônio Penido (a Rua 2), que hoje é usado como estacionamento livre. Por enquanto, os proprietários das barracas não concordaram, pois o local é considerado às margens das ruas de forte comércio, onde os camelôs se concentram atualmente.

Mesmo com a promessa de que em cem dias, o local estaria apto a receber todas as barracas de comércio, a sugestão não foi bem vista pelos vendedores. “O movimento está aqui onde estamos. Querem que a gente vá lá para Rua 2, mas quem passa lá? O projeto para o local é até legal, mas não vai ter giro lá”, refutou o vendedor Denilson Magalhães.

Sem nenhum acordo durante o encontro, foi proposto a criação de uma comissão formada por proprietários de camelôs que vão representar os ambulantes e discutir propostas. O vendedor Ademilson Medeiros afirmou que há uma associação dos camelôs, mas que ele e nenhum de seus companheiros de vendas se sentem representados.

Uma nova reunião será marcada para decidirem o local da mudança e a infraestrutura que deverá ser oferecida.

A reportagem do Jornal Atos procurou a Prefeitura para saber mais sobre a proposta, mas não conseguiu resposta até o fechamento desta matéria.

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