Após três meses de atraso, conjunto habitacional de Cruzeiro tem previsão de entrega em janeiro
Procedimento burocrático impede posse das seiscentas famílias contempladas; moradores se preocupam com novo adiamento
Andreah Martins
Cruzeiro
Mesmo com manifestações e conversas entre moradores e administração, as famílias do conjunto habitacional Colinas da Mantiqueira 1 e 2 não iniciaram o ano de casa nova.
A entrega, que estava prevista para outubro do ano passado, sofreu problemas burocráticos que retardaram a liberação dos apartamentos. A nova data tem previsão para a última quinzena deste mês.
Em entrevista ao Jornal Atos, o prefeito Thales Gabriel (SD) contou que os adiamentos foram resultados de informações recebidas pela empreiteira. “A Prefeitura nunca se posicionou sobre data de entrega sem uma orientação por parte da construtora. Nos deparamos com regularizações formais a serem feitas na obra pela construtora, junto ao banco e ao cartório”.
O principal obstáculo que impede a entrega é a documentação para iniciar as assinaturas. “Existia um problema de matrículas e a gente entrou de forma direta para poder ajudar. A não individualização das matrículas interferiu na confecção dos contratos”.
O prefeito explicou ainda que a situação da obra, em relação à estrutura, está pronta. Sofrem apenas ajustes de acessibilidade, exigidos pelos projetos dos governos federal e estadual.
Na próxima semana, com o requerimento feito, deverá ser realizada a emissão dos contratos pelo Banco do Brasil. “O banco estando autorizado, na semana do dia 22 já está prevista a assinatura dos contratos. Nesse dia, a gente vai divulgar a data definitiva para os moradores”.
Thales informou também que a logística foi planejada para o local, que receberá mais movimentação. “Um dos convênios que conquistamos foi pensado para melhorias de acesso (o asfaltamento na avenida José Novaes Sobrinho, no Jardim Paraíso). Além disso, temos projetos de ampliação da UBS (Unidade Básica de Saúde) de lá, escolas e a obra da creche, que queremos terminar até o final de janeiro”.
Uma das contempladas do condomínio, Andreia Oliveira, teme o adiamento. “Estamos preocupados com esse atraso. Não falam nada e as aulas estão para começar. Como vão fazer as crianças que moram em outros bairros?”.
Ela disse que o sentimento é de ansiedade. “Estou ansiosa, assim como todos os outros moradores que não tem notícia de quando serão entregues as chaves do nosso tão sonhado lar”. A Prefeitura confirmou que dará suporte às famílias a qualquer eventualidade.
A obra – A implantação do condomínio é um projeto cofinanciado pelo Ministério das Cidades e a Secretaria de Estado da Habitação, dos programas “Casa Paulista” e “Minha Casa, Minha Vida”, juntamente com o Banco do Brasil. O investimento ultrapassa os R$ 50 milhões.