Câmara de Cachoeira cobra redução do número de secretários

Oposição pede corte de gastos do governo João Luiz; adjuntos tem salario superior a secretários  

Durante a última sessão de Câmara de Cachoeira Paulista, vereadores da oposição cobraram do prefeito João Luiz (PSB) a redução do número de secretarias municipais. Além da qualidade do trabalho, os parlamentares também criticam o gasto mensal de mais R$50 mil com o salario do secretariado.

Constante alvo de criticas, na última sessão a gestão de João Luiz mais uma vez recebeu uma avalanche de reclamações da oposição, formada por pelo menos metade do Legislativo. A maioria das criticas concentrou-se no apontamento do Tribunal de Contas do Estado que revelou que Cachoeira teve o pior IEGM (Índice de Efetividade de Gestão Municipal) da região.

Além deste tema, vereadores cobram que o prefeito diminua o número de secretários municipais, que atualmente possuem um salário de R$3,734 mil.

O momento politico de Cachoeira é tão confuso, que a Prefeitura e a oposição não concordam nem com o número de secretários que a gestão municipal possui. Enquanto o Executivo afirma contar com 13 secretarias, vereadores afirmam que na verdade existem 15. “O prefeito fala que tem 13 secretários, mas outros setores como o Departamento Jurídico contam com    o seu responsável ganhando praticamente o mesmo que os outros ‘secretários oficiais’. Só com salários do secretariado, o município gasta mensalmente mais de R$50 mil. Para uma cidade, que precisa urgentemente cortar gastos, este valor é muito alto”, disparou o vereador Breno Anaya (PSC).

O vereador apontou ainda outra peculiaridade do atual cenário de Cachoeira. Por incrível que pareça, o salario do secretario adjunto é superior ao do titular da pasta. Enquanto o subsidio do secretário é de R$3,734 mil, o do adjunto chega a R$4,333 mil. “Não podemos cobrar uma    mudança através de projeto, pois é inconstitucional a Câmara apresentar projeto tanto de aumento, quanto redução de secretários. Então, cabe ao João Luiz ter bom senso e tomar uma atitude que represente uma economia considerável aos cofres públicos”.

O presidente da Câmara, Aurélio da Farmácia (PMN), além de cobrar a redução, não poupou criticas ao trabalho do secretariado municipal. “O valor gasto mensalmente com o salario de secretários e adjuntos não condiz com a qualidade do trabalho prestado por eles. Cachoeira vive um caos, principalmente na saúde e educação, e o prefeito tem que dar um jeito de diminuir seus gastos com pessoal”.

Resposta – Em nota oficial, a Prefeitura informou que o município se prepara para se tornar uma estância turística e que atualmente o número de secretarias atende a este plano de crescimento. A nota ressaltou que a cidade possui 13 secretários, e que o Executivo trabalha com o mínimo de secretarias para atender ao máximo das demandas que visam o crescimento da cidade.

Incoerência – Diante ao fato do secretario adjunto ter um salario superior ao do chefe da pasta, a Prefeitura esclareceu que a antiga gestão, comandada pelo ex-prefeito Fabiano Vieira, concedeu um reajuste salarial para os secretários.  Esta medida, porém, aconteceu em período eleitoral, atitude terminantemente proibida pela Constituição. Assim que o atual Governo assumiu a cidade, foi decidido que o salário dos secretários seria congelado. Esta decisão, porém, não atingiu os secretários adjuntos.

 

 

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