Sem salários, servidores ameaçam parar Cachoeira no dia 12
Greve deve atingir mais de mil cargos; funcionários da Santa Casa mantém braços cruzados
Lucas Barbosa
Cachoeira Paulista
Setembro deve ser mesmo um mês complicado em Cachoeira Paulista. Depois dos funcionários da Santa Casa, a partir do próximo dia 12 será a vez dos servidores municipais entrarem em greve. A categoria cobra o fim dos atrasos salariais e o pagamento de diversos direitos trabalhistas.
Na última segunda-feira, uma assembleia, organizada pelo Sindicato dos Servidores Municipais, decidiu que a partir do próximo dia 12, os mais de mil trabalhadores da Prefeitura, cruzarão os braços.
O presidente do sindicato da categoria, Gerson Gaioso, o Zoinho, apontou os motivos que contribuíram para a decisão da greve. “Os trabalhadores estão cansados dos constantes atrasos salariais. Tem servidor que não consegue receber a primeira parcela do 13°, vale alimentação e férias. Sabemos que a população será prejudicada, mas esta foi a última maneira que encontramos para lutar contra esse absurdo”.
Zoinho explicou ainda como funcionará o movimento, após a notificação da Prefeitura. “Por lei, durante a greve, temos que manter pelo menos 30% dos trabalhadores atuando. Certamente a atual gestão já está sabendo informalmente da decisão, mas até o momento não buscou nenhum tipo de negociação”.
Não será a primeira vez que os servidores paralisarão as atividades em protesto a atrasos salariais. No último dia 11, a categoria já havia realizado uma paralisação, que durou somente um dia.
Resposta – O Jornal Atos solicitou um posicionamento da Prefeitura sobre o caso, mas até o fechamento desta edição nenhuma resposta foi encaminhada à redação.
Saúde – Desde a última segunda-feira, os funcionários da Santa Casa de Cachoeira Paulista estão em greve. O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos da Saúde de São José dos Campos e Região afirmou que o estopim do movimento são os atrasos salariais de dois meses. Os trabalhadores cobram também melhorias e o pagamento da cesta básica e o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) que há cerca de seis anos não são depositados.
De acordo com o sindicato, a greve só será suspensa após as dívidas serem pagas.