Saúde é alvo de cobrança em Cachoeira
Enquete apontou para descrédito da Câmara junto ao público; desemprego também causa preocupação
Rafaela Lourenço
Cachoeira Paulista
O prefeito Edson Mota (PR) assumiu Cachoeira Paulista em 2017 com a promessa de recuperar a saúde, mas um ano depois os moradores continuam aguardando uma ação rápida no setor.
A saúde pública foi o foco de reclamações na enquete realizada pela reportagem do Jornal Atos, na última quinta-feira.
O Executivo terceirizou a Saúde de Cachoeira com objetivo de reter gastos, regularizar os cargos alocados na Santa Casa e qualificar os atendimentos, mas não é esse o relato da população.
Apesar da maioria dos entrevistados aprovar a atual gestão, o foco das reclamações é a saúde. Os apontamentos são referentes à falta de especialidades nas ESF’s (Estratégia Saúde da Família), falta de médicos, demora no agendamento de consultas e exames e o fechamento da maternidade. Além da reclamação dos atendimentos, o assunto recorda os funcionários que seguem sem receber os direitos trabalhistas por terem sido exonerados pelo Instituto de Saúde Educação e Comércio, de Suzano, que assumiu os serviços.
Entre os questionamentos, o desemprego segue como o segundo destaque negativo no município. Moradores contaram que familiares e amigos precisaram procurar emprego em cidades vizinhas como Cruzeiro, Lorena e Guaratinguetá.
Em relação à infraestrutura, produtores rurais e moradores de bairros mais afastados solicitam investimento nas estradas rurais, que em época de chuvas tornam-se intransitáveis devido ao lamaçal.
A população também avaliou o desempenho dos vereadores. A maior parte dos entrevistados não acompanha os trabalhos do Legislativo, enquanto outros se dizem descrentes da política local.