Mineiro tenta amenizar impacto de sequestro judicial de R$ 3 milhões por precatórios de Edson Mota
Dívida passada aumenta o rombo aos cofres públicos de Cachoeira Paulista; Prefeitura iniciou atual gestão com dívida de R$ 93 milhões
Rafaela Lourenço
Cachoeira Paulista
Após o bloqueio de aproximadamente R$ 1,7 milhão de dívidas passadas, apenas em 2021, o prefeito de Cachoeira Paulista, Antônio Carlos Mineiro (MDB) teve um novo sequestro financeiro neste mês, atingindo cerca de R$ 3 milhões. A Prefeitura busca reverter a medida na Justiça, que se baseou em precatórios da gestão de Edson Mota (PL).
Em entrevista ao Atos no Rádio, o prefeito, que frisou os problemas com a “herança amarga” deixada pelo antecessor, ressaltou que mesmo parcelando uma das dívidas de precatórios, sofreu novos impactos financeiros em apenas duas semanas.
De acordo com o secretário de Finanças, Thales Satim, desde dezembro, o Município tem ciência sobre a ordem de sequestro e houve a tentativa de acordo de um processo, o qual foi pago R$ 500 mil de precatórios para abatimento do possível bloqueio, além das parcelas mensais. Mas a Prefeitura, que chegou a pagar R$ 750 mil para pedir o parcelamento da dívida e não teve respostas, busca reaver os recursos para serem utilizados com as folhas de pagamento. “Cerca de 60% são de emendas, verbas carimbadas. Ontem mesmo peticionamos, pedimos a devolução, demonstrando a conta qual era o vínculo, o que era de emenda de convênio e de transporte escolar”, exclamou.
Com a perda, Cachoeira Paulista deve priorizar os servidores públicos, que já estão com as devidas férias e salários do mês pagos. Já os fornecedores e os respectivos pagamentos devem sofrer um impacto maior. Segundo o Executivo, para não prejudicar nenhum lado, a saída será com as renegociações. “Estamos tentando reverter algumas (verbas), mas você sabe como que é a Justiça. Estamos com os pés no chão, firmes trabalhando para o progresso da cidade”, frisou Mineiro.