Edson Mota assume Cachoeira com dívida superior a R$ 45 milhões
Prefeito aposta em emendas parlamentares e corte de despesas para sanar crise; proposta é de gestão compartilhada com terceirizada na saúde
Lucas Barbosa
Cachoeira Paulista
Com o plenário da Câmara lotado, Edson Mota (PR) foi empossado prefeito de Cachoeira Paulista na manhã do último domingo. Sem poupar críticas à antiga gestão, o eleito revelou que assumirá o município com uma dívida superior a R$ 45 milhões.
Mergulhada numa grave crise econômica, que vem refletindo principalmente no setor de saúde, Cachoeira Paulista viveu nos últimos anos uma intensa turbulência política. Praticamente sem apoio na Câmara, João Luiz Ramos (PSB) teve seu trabalho duramente criticado pela maioria dos vereadores, chegando a ser classificada por alguns como a pior gestão da história do município.
Eleito com 7.670 mil votos (41,85%), Mota derrotou na corrida eleitoral Aloísio Vieira (PTB), João Bosco Torrada (Rede) e Marcelo Picão (PT).
Após ser empossado, Mota revelou que durante o período de transição descobriu que assumirá o Município com uma dívida superior á R$ 45 milhões. “Infelizmente, Cachoeira tem diversas dívidas como R$ 22 milhões em precatórios, R$ 3 milhões em fornecedores, R$ 18 milhões em conta de água e R$ 2 milhões em energia. Além disso, os salários de servidores municipais de dezembro não foram pagos e os funcionários da Santa Casa estão com três salários atrasados”.
O recém-empossado explicou quais serão as medidas para minimizar este quadro. “Cortamos todos os cargos de secretários adjuntos, o que representará uma economia mensal de R$ 300 mil. Através dos meus contatos políticos, está previsto, a médio e longo prazo, a chegada de seis á oito milhões em emendas parlamentares”.
Principal foco de reclamação por parte da população, Mota ressaltou que o setor da saúde passará por uma profunda reforma. “Em breve, realizaremos um chamamento público para a contratação de uma organização de saúde que trabalhará de forma mista com a Prefeitura na gestão da saúde, o que representará uma melhora tanto na Santa Casa como nos ESF (Estratégia de Saúde da Família). Nossa meta é que em noventa dias, a maternidade e o centro cirúrgico voltem a operar na Santa Casa”, revelou.
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