Ataques a agências bancárias em Cachoeira
Polícia interdita ruas do Centro; número de ocorrências aumentam em todo estado
Da Redação
Cachoeira Paulista
Um ataque à agências bancárias assustou a população de Cachoeira Paulista no início da manhã desta segunda-feira (2). Na avenida Coronel Domiciano, no Centro da cidade, unidades do banco Santander e da Caixa Econômica Federal foram alvo de tentativas de assalto durante a madrugada.
A Polícia interditou o quarteirão em volta das agências, que ficam cerca de duzentos metros de distância, para carros e pedestres. Ainda não há informações sobre o início da investigação e se há outros pontos de ataques. A Polícia acredita que os criminosos acabaram disparando o alarme devido à fumaça na tentativa de acender os explosivos em uma das agências e deixaram o local. Na segunda agência, eles nem mesmo chegaram a acionar os artefatos.
O caso é apenas mais um registrado na região. No estado a situação é preocupante. De acordo com dados do Ciisp (Centro Integrado de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública), o número de ataques a agências bancárias e a caixas eletrônicos com explosivos são 72% maior no primeiro bimestre de 2018 no estado de São Paulo, em comparação com o mesmo período de 2017. Registros de ataques passaram de 18 para 31.
Ainda de acordo com os registros do Ciisp, os casos de furtos e roubos a agências e caixas com uso de materiais como explosivos e maçaricos saltaram de 76 no primeiro bimestre do ano passado para 84.
Os ataques em Cachoeira Paulista elevam ainda mais a preocupação com o interior do estado, já que do total de crimes em São Paulo, 67% aconteceram em cidades interioranas.
Rigor – No final de abril, o presidente da República, Michel Temer (MDB) sancionou um projeto que promete maior rigor nas penas para modalidades de roubo como o ataque a caixas eletrônicos e agências bancárias com uso de explosivos.
De acordo com o projeto, foi aumentado em dois terços a pena por roubo com uso de explosivos para destruir obstáculos e o furto com uso de explosivos, que se tornou furto qualificado, passou a ter pena de quatro a dez anos de prisão.
Outra medida adotada é que foram ampliadas as penas para furto e o roubo dos próprios equipamentos explosivos, que passam a ser de quatro a dez anos de prisão em caso de furto, com elevação da pena em até 50%, para roubo. As agências bancárias passam também a ser obrigadas a instalarem dispositivos que inutilizem as cédulas dos caixas atacados.