Alvo de críticas, Pronto Socorro de Cachoeira passa por reforma
Atendimentos de urgência são transferidos para prédio anexo; previsão é que obra seja entregue em até dois meses
Lucas Barbosa
Cachoeira Paulista
Alvo constante de reclamações de pacientes e de uma verdadeira novela entre fechamentos, greves e falhas de atendimento, o Pronto Socorro de Cachoeira Paulista passará por uma reforma nos próximos dois meses. Enquanto a obra não é concluída, os atendimentos de urgência foram transferidos para o Pavilhão Íris, localizado ao lado da Santa Casa.
Longas filas, falta de médicos e de equipamentos básicos. Essas são algumas das barreiras impostas, nos últimos anos, aos moradores de Cachoeira que recorrem ao Pronto Socorro.
Para tentar reverter o quadro, a Prefeitura iniciou, na última semana, a elaboração de um projeto de reforma do local. O prédio segue fechado enquanto as melhorias não saem do papel. Desde o último dia 22, os pacientes passaram a ser atendidos no Pavilhão Íris, que recebeu obras de pintura e adequação.
O secretário de Saúde, Guilherme Marcondes, explicou os motivos que ocasionaram a transferência do atendimento. “Quando assumimos a pasta, o Pronto Socorro estava funcionando de maneira completamente inadequada, desrespeitando até mesmo as normas da Vigilância Sanitária. Não tem como o prédio continuar atendendo os pacientes da forma que ele estava. Essa reforma será imprescindível para qualificarmos o setor da saúde, já que o pronto atendimento é a sua porta de entrada”.
Marcondes, que chegou a ser presidente da Câmara no ano passado, revelou que após a reforma do Pronto Socorro, o Pavilhão Íris será utilizado para a internação de pacientes. Ele também explicou que o investimento para a realização da reforma, que tem a previsão de ser concluída em até sessenta dias, ainda não foi definido. “Já que estamos quase concluindo o projeto da obra, a nossa previsão é que o anúncio do orçamento seja feito nas próximas semanas. A população precisa contar com um Pronto Socorro bem estruturado, que a atenda de maneira digna e segura”, concluiu.
A diarista, Simone Maria de Souza, 37 anos, comemorou o anúncio da reforma, e relatou as dificuldades que enfrentou no ano passado quando levou o namorado para ser atendido no Pronto Socorro, após ele machucar o joelho e o antebraço depois de cair de um andaime. “Chegamos no hospital, que estava com uma fila enorme, e a atendente falou que tinha apenas um médico para atender todo mundo. Tivemos que conseguir uma carona para o Pronto Socorro de Lorena. Que bom que vão reformar, porque aquele outro estava dando até dó de tão velho e judiado que estava”.