Vereadores aprovam reajuste de 4,75 % para servidores de Aparecida

Votação que definiu novo índice terminou em 6 a 3; proposta do Executivo para categoria foi acatada pelo sindicato

Leandro Oliveira
Aparecida

A Câmara de Aparecida aprovou na última terça-feira o reajuste salarial de 4,75% para os servidores municipais, por seis votos a favor e três contra. As discussões sobre o reajuste duraram aproximadamente duas horas.

O debate foi acompanhado de perto por alguns servidores municipais e diretores do Sindicato (Sisma) da categoria. Na votação nominal, foram a favor do reajuste os vereadores Adilson Boi na Brasa (PMDB), Marcelo Marcondes (PV), Cida Castro (DEM), Waldir Zoinho (PR), Wadê Pedroso (DEM) e Fram Pé Sujo (PMDB).

O presidente da Câmara, Boi na Brasa, explicou a votação a favor. “Não há discussão por aumento de salários, ou dá ou não dá. Não é algo que precisa analisar, saber se tem base de lei”, respondeu. “Eu pedi um aumento maior, de aproximadamente 6%, mas o prefeito me passou que fez uma oferta para o Sindicato e estava analisando. Ele contou que o Sindicato manifestou favorável e então encaminhou para a votação na Câmara”, concluiu.

Os três votos contrários ao projeto foram dos vereadores José Reis, o Dudu (PR), Carlos Alexandre Rangel, o Xande (PSD) e Ana Alice Braga (PTN). Eles alegaram no plenário que seria possível a Prefeitura propor um reajuste maior. “Esses aumento de 4,75% é pouco. Acredito que dava para dar um reajuste baseado no IBGE, que deu 6,29% de inflação no período de janeiro a janeiro”, frisou Dudu.

O prefeito de Aparecida, Ernaldo César Marcondes (PMDB), contou que Prefeitura e Sindicato chegaram a negociar um valor adequado para as duas partes.

Os servidores se reuniram em duas assembleias antes de aceitar o reajuste oferecido por Ernaldo. Na primeira proposta, o Executivo apresentou uma proposta de 3,5%, mas os trabalhadores recusaram. Foi feita então uma contraproposta para 6,29%, mas dessa vez, a Prefeitura não aceitou. Os 4,75% foram propostos e, finalmente, os servidores aceitaram.

“Discutimos bastante e apresentamos a nossa proposta. Eles enviaram uma contraproposta e nós, então, fechamos em 4,75%, que é o nosso limite. Não podemos infligir nenhuma lei que possa prejudicar nossos cofres”, explicou Marcondes.

O diretor do Sindicato dos Servidores, André Rosa, confirmou a versão do prefeito. “Foi só realmente a reposição inflacionária de fevereiro a fevereiro, não era isso que queríamos. A gente queria um reajuste maior, mas o prefeito apresentou que o custo com a folha salarial está em 56%, e não poderia dar um aumento maior”.

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