Prefeito Piriquito defende gestão contra denúncias e abre edital para a troca da sede do Poupatempo

De volta ao cargo após cassação, prefeito questiona críticas sobre contrato de aluguel e aborda ações em meio a processos

O prefeito Piriquito voltou à administração municipal na última terça-feira (Foto: Marcelo A. dos Santos)

Marcelo Augusto dos Santos
Aparecida

O prefeito de Aparecida, Luiz Carlos de Siqueira, o Piriquito (Podemos), concedeu uma entrevista exclusiva ao Jornal Atos, na quinta-feira (25), para falar sobre os recentes eventos judiciais que envolvem sua administração. A entrevista ocorreu em meio a uma série de reviravoltas judiciais ao processo que investiga denúncias de irregularidades no aluguel de uma casa para sede do Poupatempo, no Centro.
A situação de Piriquito foi amplamente noticiada após a decisão do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) que restabeleceu seu mandato, após ter sido cassado em CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Câmara. Para o chefe do Executivo, a atual situação é um “desserviço para a cidade” e a movimentação judicial tem causado “incomodo na sociedade”.
A denúncia inicial foi protocolada pelo vereador André Luís Monteiro (Patriota), que alegou infrações político-administrativas no contrato de locação sem licitação. Ele seguiu denúncia feita pelo MP (Ministério Público) sobre irregularidades no aluguel do prédio, localizado no número 79 da praça Benedito Meirelles.
A contratação foi realizada de forma direta, sem contrato escrito, sem justificativa para a escolha do imóvel. A Prefeitura paga R$ 6,5 mil por mês para a proprietária, Maria Aparecida Braga Vieira, ex-sogra de Piriquito e mãe da vereadora Ana Alice Braga Vieira (Podemos).
O prefeito garantiu que sua consciência “está tranquila” e explicou que a locação do prédio para o Poupatempo atendeu às exigências da Prodesp (Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo), que requer um imóvel adequado e bem localizado. “A cidade precisa avançar. Aparecida é uma cidade atípica em relação aos seus pontos comerciais. É tudo caro na cidade devido ao grande fluxo de peregrinos. O prédio alugado era o único disponível que atendia às necessidades do Poupatempo”.
Apesar de dizer que o espaço da denúncia “era o único disponível”, o prefeito decidiu abrir um processo para buscar uma nova localização, caso apareça um prédio adequado através de edital público. “Vou tirar (a sede atual). Eu determinei que se faça uma dispensa, para publicar um edital, e ver se aparece algum outro prédio”.
O prefeito também mencionou que as acusações contra ele têm um viés político. “Eu fui vereador, nunca vi nada igual. Não sou uma pessoa de fazer mal para quem quer que seja”.
Outras denúncias – Além do processo sobre irregularidades no contrato de aluguel para sede do Poupatempo, Piriquito responde a outras duas denúncias, também com CPI’s abertas. A primeira é referente a acusação de esquema fraudulento referente a um pregão para contratação de abrigo de passageiros em diversos pontos de ônibus da cidade, com valor integral superior a R$ 568 mil. O serviço não teria sido entregue após o investimento.
A segunda foi motivada por denúncia de falta de aplicação de emendas impositivas encaminhadas por vereadores em anos anteriores. “Eu vou continuar me defendendo e vou deixar para pensar nelas no momento oportuno”, concluiu.

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