Depois de um mês de trabalho, construção do Pronto Atendimento é interrompida em Aparecida
Prefeitura alega que Governo Federal não fez o repasse da verba; obra já começou com atraso de oito meses
Rafael Rodrigues
Aparecida
A obra de construção da UPA (Unidade de Pronto Atendimento), que já começou com oito meses de atraso, parou. A prefeitura alega que o serviço foi interrompido devido à falta de repasse do Governo Federal. Não foram nem dois meses de trabalho efetivo e o canteiro de obra já está vazio. A empresa responsável pelo serviço aguarda o pagamento para continuar a construção.
A unidade anunciada em 2013, iria começar a ser construída em dezembro de 2014, com prazo de um ano para ser entregue. Chegando perto da data inicial de conclusão dos serviços, o que se vê no local está longe de ser uma unidade de saúde que atenderia os moradores e romeiros que visitam a cidade.
Ainda não há nenhuma parede erguida, e em meio aos escombros de uma obra abandonada, o secretário municipal de planejamento e obras, Gustavo Lopes, atribuiu à União, a responsabilidade de mais um serviço não ser concluído no tempo certo.
“A crise que assola o país acaba atrapalhando as obras da cidade. Mas no momento, tanto a UPA quanto a obra do ESF (Estratégia da Saúde da Família) do bairro da Vila Mariana, estão paralisadas por falta de repasse do Governo Federal”.
De acordo com ele, essas duas obras têm o mesmo procedimento de convênio com o Ministério da Saúde. Primeiro o Governo Federal repassa uma parcela do valor da construção do prédio, e com o decorrer dos trabalhos, envia o restante. Esse repasse é feito, segundo Lopes, em três parcelas.
“Na verdade, essas duas obras recebem a primeira parcela do pagamento de 10%, depois a segunda etapa de 80%, e a última de 10%. Mas tanto aqui (UPA), como lá (Vila Mariana), a união fez apenas o repasse da primeira etapa da obra”.
Ele garantiu que todas as exigências da união para que possa ser feito o repasse do restante da obra está sendo cumprido pela prefeitura. “O Governo acompanha pela internet, nós vamos colocando todas as informações, inclusive com fotos, e os engenheiros vão analisando o que foi feito. Nós fizemos todo esse procedimento, preenchemos todos os requisitos do sistema, e o parecer está favorável, mas até agora o dinheiro não caiu”.
