Com público expressivo, Carnaval da região supera falta de recursos

Blocos de rua e shows ditaram o tom dos cinco dias de festa; Cunha, Guará e Pindamonhangaba foram destaques com maior participação popular

Na avenida Presidente Vargas, foliões enfrentaram a chuva para marcar o primeiro ano da recuperação do Carnaval em Guaratinguetá (Foto: Reprodução)
Na avenida Presidente Vargas, foliões enfrentaram a chuva para marcar o primeiro ano da recuperação do Carnaval em Guaratinguetá (Foto: Reprodução)

Da Redação
Região

Mesmo com festividades econômicas, a região não deixou de lado o Carnaval. As cidades registraram grande movimento com programações que priorizaram blocos e shows de marchinhas e axé.

O destaque ficou por conta da participação dos blocos de São Luiz do Paraitinga, que não teve festa em 2017. Pindamonhangaba, Cunha e Guaratinguetá receberam um bom número de público nos cinco dias de folia.

As cidades da região foram boas opções para quem procurou diversão. De acordo com os organizadores, Pindamonhangaba fechou as atividades carnavalescas com 150 mil foliões visitando o município. As atrações foram concentradas no Largo do Quartel, com duração das 20h às 2h. Intitulado como Carnaval Solidário, contou com o festival de marchinhas, pré-carnaval e blocos de São Luiz do Paraitinga.

Um dos mais antigos da cidade, o Bloco das Dondocas, teve cerca de dez mil pessoas o acompanhando. Já o campeão de público, mais uma vez, foi o Juca Teles e a banda Estrambelhados, que arrastaram uma multidão do Largo do Quartel até a avenida Nossa Senhora do Bonsucesso, com aproximadamente quarenta mil foliões.

Milhares de pessoas lotaram as ruas de Pinda, em um dos carnavais de maior sucesso na região em 2017 (Foto: Reprodução)
Milhares de pessoas lotaram as ruas de Pinda, em um dos carnavais de maior sucesso na região em 2017 (Foto: Reprodução)

O bloco Socó da Madrugada, que após orientações da Polícia Militar inovou este ano trocando a saída de sexta-feira às 0h para a tarde de segunda-feira, também arrastou cerca de dez mil pessoas pelas ruas de Pindamonhangaba. A cidade contou ainda com atrações de blocos e músicos locais.

No total, o investimento para a realização do Carnaval de Pindamonhangaba foi em torno de R$ 250 mil, representando uma economia de cerca de 50% com relação à festa nos anos anteriores. “A população entendeu a nossa situação econômica. É um Carnaval mais enxuto, mas muito alegre, e no ano que vem nós faremos um Carnaval ainda mais bonito”, comentou o coordenador de eventos, Ricardo Flores.

Cunha, que também recebeu blocos de São Luiz do Paraitinga, registrou mais de sessenta mil pessoas nos cinco dias de folia. De acordo com o secretário de Turismo e Cultura, Marcelo Henrique Coelho Veras, os resultados de 2017 foram superiores a 2016. “Foram mais de cinquenta horas de música durante o evento, o que bateu, em muito, o evento do ano passado”.

Segunda-feira, que contou com o tradicional Bloco da Piranhas, foi um dos dias que mais registrou foliões. Foram cerca de vinte mil pessoas prestigiando a atração.

A programação total teve apresentação de três blocos e duas bandas locais, uma banda-show, o bloco Juca Teles e a banda Estrambelhados. Já a praça de alimentação foi composta por oito barracas, contendo trinta ambulantes, mais o comércio local. A segurança do evento foi realizada pela polícia militar e pelo auxílio de sessenta seguranças e brigadistas.

Quem preferiu pular o Carnaval em Guaratinguetá, que teve neste ano o slogan “Nosso DNA é o Samba”, fez parte dos oitenta mil foliões que participaram da folia do município, realizada na praça Condessa de Frontin, a Praça da Estação e na avenida Presidente Vargas.

Com uma programação diversificada contendo apresentação de baterias de escolas de samba, desfile técnico, seresta, blocos, jongo, matinês e apresentações musicais de bandas renomadas, Guaratinguetá agradou públicos de diferentes gostos.

Já o tradicional bloco Banda Mole ganhou destaque no sábado, trazendo mais de 15 mil pessoas para a avenida. Para completar a festa dos guaratinguetaenses, seis agremiações fizeram o desfile técnico no último dia de folia.

O prefeito Marcus Soliva (PSB) disse que o saldo foi “extremamente positivo”. “A população acompanhou os blocos de embalos, bloquinhos infantis, compareceu à avenida para festejar na Banda Mole. Voltamos a ver a Presidente Vargas lotada de pessoas. No sábado mais de 15 mil curtiram a Banda Mole. No ano passado eram pouco mais de mil. Isso sem contar nos demais blocos e atrações espalhados pelo centro da cidade, como o Bloco da Carroça e a Banda Chega Mais”, exaltou.

Para o chefe do Executivo, os números devem ser ainda maiores em 2018, quando a cidade deve ter uma estrutura ampliada para atender os foliões. “Não tenha dúvidas que faremos uma festa ainda mais bonita da que foi realizada em 2017”.

Em Lorena, o secretário de Cultura, Roberto Bastos, o Totô, comemorou a participação da população no “Carnaval Família”. “O saldo do Carnaval em Lorena foi bastante positivo. Fizemos uma proposta diferenciada, de realizar um evento para as famílias, com matinês especiais no domingo e na terça-feira, das 16 às 20h. As famílias participaram e a nossa praça ficou repleta de pessoas que curtiram cada momento aqui no Centro”.

A estimativa da cidade foi de dez mil pessoas. “Somando sábado e terça-feira, chegamos a esse número. Agradeço a confiança do prefeito Fábio Marcondes (PSDB) e de sua vice Marietta Bartelega.

Recentemente a administração fez a entrega da praça Arnolfo Azevedo, uma das mais bonitas do Vale do Paraíba. Aqui nós temos bastante espaço para as crianças brincarem, árvores, a própria fonte, ou seja, elementos que atraem o público em geral. Tudo isso fez essa praça ter se tornado um espaço praticamente para a família lorenense”.

Procuradas pela reportagem do Jornal Atos, as prefeituras de Cachoeira Paulista e Roseira informaram não ter conseguido levantar os dados sobre as respectivas festas carnavalescas.

Em Piquete, o Carnaval contou com quarenta mil foliões durante os quatro dias de festividade. A secretária de Turismo, Flávia Julliana, contou ainda sobre o impacto positivo para a cidade. “Lazer aos munícipes, atraímos turistas de cidades vizinhas e movimentamos o mercado local, além do comércio informal”.

Quanto à segurança, não houve nenhuma ocorrência grave. O policiamento durante os dias de folia contou com cerca de trinta homens, sendo Polícia Tática e Rocam (Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas), como suporte a Policia Militar, que atua diariamente na cidade.

O evento teve o investimento de cerca de R$ 45 mil aos cofres públicos. O Carnaval do Manecão, em Queluz, também foi mais uma das atrações da região. A novidade do ano foi a festividade realizada no bairro da União, que pela primeira vez recebeu dois dias de folia.

Já em Silveiras, a secretaria de Turismo não possuía o balanço de Carnaval completo até o fechamento desta matéria. Cachoeira Paulista e Lavrinhas não retornou as inúmeras tentativas de resposta.

Devido à situação financeira de Cruzeiro, a cidade não realizou o Carnaval de rua.

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