Atos e Fatos

“As pessoas criam mitos para depois se decepcionar com eles”

Roberto Shinyashiki

O presidente Lula recebe o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, no Palácio do Planalto (Foto: Reprodução EBC)

Professor Márcio Meirelles

LUIZ INÁCIO “AMADOR” DA SILVA

O presidente Lula ultimamente tem se posicionado politicamente de forma amadora.

Parece que está aprendendo a fazer política!

Perdeu a astúcia, o discurso, a postura de um líder de massas: um amador.

O animal político que se apresentava para as grandes massas, o seu papel na sociedade e na política que o levava a agir despertando o grande fascínio da sociedade.

Os próprios companheiros não reconhecem mais o Lula ferino, mas ferido, pela Lava Jato com sangue nos olhos.

As suas atitudes assustam até os seus companheiros.

A outra grande dúvida, suas atitudes são dirigidas ao que sobrou do partido dos trabalhadores que não soube fazer uma leitura moderna da evolução do mundo.

O seu palanque diminuiu e está diminuindo com estas atitudes que deixam a sociedade perplexa.

O L de Lula está se transformando em L de Lira. É claro!

O mensalão evoluiu para as verbas de gabinete, orçamento secreto. Ficou mais transparente.

Às duras penas aprovar o arcabouço – uma peça de ficção financeira – e no dia seguinte renúncia de impostos para ajudar o setor automotivo

A impressão que perdeu os seus conselheiros, os companheiros que seguravam o seu ímpeto e não percebe que suas atitudes negativas confrontam com a história do partido que construiu, ou, a percepção da sociedade que a sua imagem foi criada e era dirigida. Um fabricado mito!

Nas relações internacionais tem cometido deslizes espantosos.

A pretensa mediação da guerra, na discussão da paz na Ucrânia, admoestado com “délicatesse” pelo presidente da França, e a tentativa de encontro com Zelensky uma forma de aparecer no cenário internacional percebida pelo próprio Zelensky.

As incertezas e dúvidas sobre o conflito, posições contraditórias, levaram o assessor especial Celso Amorim à Ucrânia para superar o atrito diplomático provocado por declarações de Lula sobre a guerra.

A visita de Maduro, com uma recepção calorosa, entrará para a história como um dos capítulos mais tristes de seu terceiro mandato.

Maduro é um democrata? Para Lula é!

A insistência de Lula em ideologizar estes encontros, com o objetivo de formar um bloco sul-americano forte, foi repreendido pelo presidente do Uruguai: mais ação, menos ideologia!

O Brasil tem condições de liderar este movimento sul-americano com um mercado próximo da Europa, florestas nativas, água, jazidas minerais, petróleo, agricultura e pecuária de ponta tecnicamente, diante de uma Europa senil, uma América nos estertores do dólar, uma Índia e uma China famintas.

No acumulado de 2020 e 2021, o crescimento econômico brasileiro superou a mediana do G7, do G-20 e da América Latina. O nosso PIB é 50% da América Latina.

Os países estão interessados no desenvolvimento de seus países e não em discussões efêmeras ultrapassadas de ideologias políticas arcaicas. O presidente Lula tem dificuldades de ver esta oportunidade.

A afirmação de Lula que o agro é ruim para o Brasil é de um primarismo absurdo. O eficiente é o MST(?)

A indicação de Cristiano Zanini, para o STF, fere os seus princípios expostos no debate presidencial.

No velho modelo das repúblicas de bananas, um regalo republicano, uma vaga no STF, para pagar um serviço do genro do compadre Roberto Teixeira.(?)

Diante de tudo isso, a impressão de que Lula não quer vingar a Lava Jato, Moro e Delangnol, mas o Brasil!

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