Atos e Fatos
AGROTÓXICO: MITO OU VERDADE?
Um tema muito discutido pela sociedade é sobre a questão dos agrotóxicos e seus efeitos sobre a saúde.
A questão alimentação é uma preocupação constante da sociedade, em todos os tempos.
O primeiro pesquisador a discutir esta questão, numa época em que a economia se estruturava como ciência, foi Thomas Malthus.
Observou que a população crescia em progressão geométrica e a produção de alimentos em progressão aritmética e este descompasso levaria a fome e suas consequências desastrosas.
Malthus (1766-1834) advogou o controle da natalidade nas famílias pobres para interromper o crescimento populacional, pois a falta de alimentos levaria inevitavelmente as pessoas a miséria, ao vício. Suas ideias levaram a economia ser conhecida como a “ciência da desesperança”. A pobreza e o sofrimento o destino para a grande maioria das pessoas, ressaltava Malthus.
O mérito da teoria alarmista de Malthus levou o homem a desenvolver técnicas para o aumento da produtividade agrícola e afastar o risco da fome.
A recuperação do solo com os nutrientes – os fertilizantes químicos – com a sintetização da amônia e os pesticidas para o controle fitossanitário.
Apesar dos benefícios que os fertilizantes químicos e os defensivos agrícolas trouxeram ao desenvolvimento agrícola afastaram do mundo o risco eminente da falta de alimentos.
O Brasil usa 17 milhões de hectares no agronegócio, sem o agro defensivo precisaria de 37 milhões de hectares para a mesma produção. Talvez não tivéssemos mais a floresta amazônica!
Os produtos químicos desenvolvidos para o controle de pragas foram utilizados pelos alemães na Segunda Guerra nas câmaras de gás.
Daí, talvez, se associar aos defensivos agrícolas como nocivos à saúde e a busca pelos produtos orgânicos.
O interessante, só no Brasil, os agros defensivos são reconhecidos como agrotóxicos. A senadora Katia Abreu, líder ruralista, propôs a troca do nome em projeto de lei, mas foi derrotada, o que ajudou a desenvolver o negócio dos produtos orgânicos.
A utilização dos defensivos agrícolas na agricultura é bastante difundida no Brasil e trata-se de uma técnica segura e eficiente, mas pode ter efeitos nocivos ao meio ambiente quando aplicados inadequadamente. Entretanto, há recursos técnicos de uso adequado e uma legislação eficiente para tal.
A escolha do consumo de produtos orgânicos é uma decisão pessoal, todavia, incentivar o uso do orgânico porque o defensivo agrícola causa doenças – as pessoas acreditam -, uma distância muito grande. Falta informação sobre o assunto. Artistas de televisão, a mídia, pretensos defensores do meio ambiente, empresários atacadistas, “ambientalistas do asfalto”, utilizam do desconhecimento do consumidor para incentivar o consumo do orgânico que pode ser portador de doenças intestinais como E.coli e a salmonela.
Não há comprovação, na história, de registro de morte relacionada a ingestão de produtos com agrotóxicos e males como câncer, doença de Parkinson, Down e Alzheimer. A incidência destas doenças se manteve estável entre 1975 e 2009. Por outro lado, os orgânicos foram responsáveis pela morte de 35 pessoas e a intoxicação alimentar de mais de 3 mil casos na Alemanha em passado recente.
O mercado de orgânico no Brasil, em 2016, chegou aos R$ 2,5 bilhões de reais que é ainda muito pequeno se comparado com o mercado de batatas: R$ 5 bilhões.
O consumo de orgânicos no mundo vem caindo e o exemplo mais significativo é o da Dinamarca “a nação mais orgânica do mundo” onde o consumo da população não chega a 7.6%, ou seja, 92,4% se alimentam de produtos convencionais.
A decisão do consumidor pelo consumo de um produto orgânico é uma decisão pessoal e de maior custo, pois o orgânico chega a ser mais caro 270% e sem nenhuma comprovação científica que o agro defensivo faz mal à saúde.
Tá mais para mito!