Cruzeiro avança em processo de implantação da GCM armada
Município firma acordo de cooperação técnica com a Polícia Federal; servidores recebem treinamento prático em São José dos Campos
Da Redação
Cruzeiro
A Prefeitura de Cruzeiro anunciou na segunda-feira (10) o avanço do processo burocrático que busca garantir que a GCM (Guarda Civil Municipal) passe atuar armada. Com o progresso nas tratativas junto à PF (Polícia Federal), a expectativa é que o novo modelo de trabalho entre em funcionamento até o fim do primeiro semestre do ano que vem.
Em nota oficial, a secretaria de Segurança Pública de Cruzeiro informou que foi oficializado na última segunda-feira o acordo de cooperação técnica entre o Município e a direção da PF. O ato possibilita que os GCM’s da cidade, após concluírem o treinamento necessário, recebam o porte de armas de fogo institucional.
O prefeito Thales Gabriel Fonseca (PSD) ressaltou a importância do avanço burocrático e justificou a necessidade da atuação armada dos servidores. “Com essa documentação e a conclusão de um curso específico, os agentes poderão obter em breve o porte de armas para desempenhar suas funções. Nossos GCM’s têm realizado um trabalho que vai além da segurança patrimonial, contribuindo e muito com as demais forças de segurança da cidade”.
Contando com setenta GCM’s, a expectativa da secretaria de Segurança Pública de Cruzeiro é que 12 deles consigam obter o porte de armas. Incorporado em 4 de julho, o grupo atualmente participa de um treinamento para o manuseio de arma de fogo e prática de tiro oferecido pela GCM de São José dos Campos. Segundo o chefe da pasta, José Antônio Paiva, após o término da capacitação, o Município encaminhará a lista dos profissionais aprovados à PF, que deve autorizar a emissão dos portes de armas de fogo institucional. A previsão é que os agentes comecem a trabalhar armados até o fim de junho de 2023.
A implantação do novo modelo da GCM é uma das apostas da atual gestão municipal para contribuir com as policias Civil e Militar no combate à criminalidade. Desde o ano passado, a cidade registra uma onda de assassinatos, sendo que a maioria deles tem ligação com uma disputa entre quadrilhas de traficantes de drogas. O embate contribuiu para que o município fechasse 2021 como o quarto mais violento da RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte), com um número de 42 moradores mortos.
A situação segue preocupante neste ano, já que de acordo com dados da SSP (secretaria de Segurança Pública do Estado) a cidade registrou 25 homicídios entre janeiro e agosto, gerando uma média superior a três assassinatos por mês.