Entidades e moradores cobram centro de zoonose em Aparecida

Morte de cavalos por maus tratos e quantidade de animais soltos nas ruas aumentam a pressão contra Prefeitura

O cavalo que morreu por maus tratos em Aparecida, em caso que ganhou repercussão negativa nas redes sociais e indignação da população (Colaboração)
O cavalo que morreu por maus tratos em Aparecida, em caso que ganhou repercussão negativa nas redes sociais e indignação da população (Colaboração)

Da Redação
Aparecida

A morte de dois cavalos em menos de um mês, vítimas de maus tratos em Aparecida, aumentou a cobrança dos moradores e de entidades assistenciais, sobre a Prefeitura. A cidade não possui um Centro de Controle de Zoonoses.
O pedido ganhou força ao longo desses últimos dias, quando a Arpaa (Associação Responsável pela Proteção Animal de Aparecida) rebateu críticas de pessoas que cobram da entidade uma fiscalização maior sobre a causa.
A responsável pela Associação, Deise Marcondes, disse que as críticas são infundadas, já que a entidade não receberia ajuda do poder público para fazer suas ações pela cidade. Ela garantiu que todas as atividades são voluntárias. “Somos um grupo de amigos que atua voluntariamente ajudando esses animais carentes. As cobranças não podem ser feitas em cima da gente, porque não temos autonomia para fiscalizar. O que podemos fazer é denunciar para as autoridades”.
Com o impasse e o crescente números de casos de animais encontrados mortos na cidade, a cobrança por um espaço de controle animal na cidade cresceu.
Moradora da Santa Terezinha, Claudia Santos protestou contra a quantidade de cavalos soltos entre o bairro e a Vila Mariana. “Entre os dois bairros tem muito cavalo solto. Muita gente sabe de quem são esses bichos, mas ninguém fala nada. Eles acabam revirando o lixo e ficam o dia inteiro andando sem tomar água”.
Uma das figuras mais emblemáticas nesse sentido, o vereador Carlos Rodrigo (PP), é um dos que levanta a bandeira do CCZ na cidade, mas nem mesmo com o apoio do parlamentar, o espaço foi criado pela Prefeitura.
Para a representante da Arpaa, um espaço que pelo menos realizasse a castração animal ajudaria os voluntários a continuar com o trabalho que tem sido realizado na cidade. “A gente tem como objetivo maior trazer para cidade um centro de zoonoses, mas isso é uma medida que o poder público deveria estar tomando. Eles deveriam criar esse espaço nem que fosse só de esterilização animal para ajudar nossa causa”.
A Prefeitura de Aparecida informou que já solicitou recursos do Estado e da União para obra do CCZ. Por nota, a administração municipal ressaltou que “o que nunca foi feito é o que estamos fazendo, tomar frente da situação”.
O secretário de Meio Ambiente ressaltou que a cidade possui algumas legislações, mas que ainda faltam outras. Ele afirmou ainda que no passado, nenhum poder constituído na cidade atuou na questão, e desde o ano passado a atual gestão tem buscado uma solução.

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