Operação da Defesa Civil intensifica acompanhamento de áreas de risco

Trabalhado de prevenção com foco em alagamentos e deslizamentos deve seguir até março

Bombeiros retiram árvore após forte chuva em Guaratinguetá (Francisco Assis)
Bombeiros retiram árvore após forte chuva em Guaratinguetá (Francisco Assis)

Da Redação
Região

Os estragos com as chuvas em cidades da região nas últimas semanas ressaltou a preocupação que retorna a cada verão. Uma operação da Defesa Civil regional tenta amenizar os riscos no período, com a participação dos municípios.
Na última quarta-feira, pelo menos quatro cidades registraram sérios problemas de alagamentos, como o que afetou moradores em bairros de Aparecida e outro que deixou carros submersos no estacionamento do Taubaté Shopping.
Em Guaratinguetá, quedas de arvores. A primeira, na avenida Presidente Vargas, na Vila Paraíba, causou estragos totais em um carro. Ninguém ficou ferido. A segunda árvore caiu na rua Vicente de Carvalho, no bairro Campinho. A cidade registrou ainda pontos de alagamento.
Outro município com vários trechos afetados é Pindamonhangaba, que registrou mais de trinta chamadas durante a tempestade de quarta-feira. De acordo com dados da Defesa Civil, a cidade atingiu cinquenta milímetros de água, quantidade esperada para três dias, invadindo casas e o Pronto Socorro da cidade. Internautas chegaram a publicar vídeos com os alagamentos registrados.
Na tentativa de impedir mais perdas, a coordenação regional da Defesa Civil intensificou o trabalho com os municípios em 2015. A “Operação Verão” foi iniciada antes do período da chuvas. “Desde o dia 20 de outubro realizamos um treinamento com as defesas civis municipais para repassar orientações e capacitar os agentes. É um plano preventivo”, lembrou o coordenador de Defesa Civil da Região de São José dos Campos, o capitão Rinaldo de Araújo Monteiro.
Após quarenta dias de trabalho, a operação foi colocada em prática no último dia 1, com previsão de encerramento no dia 31 de março. “É o período mais chuvoso, mas pode ser estendido, dependendo da análise e do acumulado de chuva para abril”, contou Monteiro.
Para a operação, a Defesa Civil pediu aos municípios a entrega de um termo de adesão, mostrando a preocupação com a questão das áreas de risco, com destaque para escorregamentos. Segundo o órgão, praticamente todos os prefeitos assinaram o termo.
Os municípios são monitorados diariamente, com leitores manuais e automáticos, que informam via Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), em convênio direto com a Defesa Civil do Estado. “Conseguimos implantar leitores automáticos, verificando o acumulado de chuva na região. Esse acumulado passa por análise de três em três dias e o município que ultrapassa 60ml, entra em estado de atenção. Neste caso, realizamos vistorias com foco principalmente em áreas de deslizamentos, que geram mais vítimas fatais. Além desse sistema, focamos ainda a previsão meteorológica”, destacou o coordenador. A avaliação das áreas de risco vão de observação, atenção, alerta e alerta máximo.
Moreira lembrou que a atenção está direcionada a todas as 39 cidades da região, mas há pontos de maior preocupação. “Nos últimos anos não temos identificados vítimas fatais, a última foi em São José dos Campos em 2011, no Rio Cumprido. Existem áreas de encostas, que precisam de acompanhamento, como São José, Cunha e Piquete. São áreas mais tensas, com risco de deslizamento e inundação”.
Além da operação, a Defesa Civil do Estado avaliou como positiva o trabalho dos municípios em relação a obras de prevenção. “Passamos para os agentes municipais, que temos uma previsão orçamentária para obras de contensão nas áreas de risco, pontes e muros de arrimo, tudo para evitar riscos e vítimas. Na última semana, encaminhamos uma série de cidades para convênios, tivemos inauguração em Piquete e obras em Cunha. Há um processo licitatório, mas a Defesa Civil tem a intenção de agilizar os trabalhos”, frisou o coordenador.

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