Após cinco horas de paralisação, trabalhadores da Viva Pinda retomam linhas de ônibus

Entre as reinvindicações, desconto de banco de horas e apontamento de assédio moral; CUT participou das negociações

Ônibus da Viva Pinda, empresa responsável pelo transporte coletivo da cidade; trabalhadores reivindicam benefícios (Foto: Bruna Silva)

Bruna Silva
Pindamonhangaba

Após cinco horas de paralisação, os funcionários da Viva Pinda, concessionária responsável pelo transporte público, retomaram as linhas de ônibus. A principal reclamação do grupo é o banco de horas, instaurado durante o período mais crítico da pandemia, em 2020.

A CUT (Central Única dos Trabalhadores) destacou que a empresa possui histórico de divergências com os colaboradores.

Implementado há dois anos, durante medidas restritivas contra a Covid-19, o banco de horas continuava a ser descontado pela Viva Pinda. Ainda de acordo com a entidade, havia relato de assédio moral dentro da empresa.

Os ônibus pararam de circular pela cidade ainda pela manhã e ficaram estacionados na praça Barão Homem de Mello, no Centro, local de onde partem para as viagens. Diversos passageiros tiveram de esperar a normalização do serviço que o ocorreu no fim da tarde da quinta-feira. No início da noite, o atendimento estava regularizado.

Embora tenha causado transtornos aos usuários, alguns moradores apoiaram os pedidos dos trabalhadores. “Tem que colocar outra empresa, isso sim. Tem que parar mesmo os funcionários não são burros de carga”, ressaltou uma internauta.

Após uma reunião entre trabalhadores, CUT e Viva Pinda, ficou determinada a abolição do sistema de banco de horas. Acerca da discussão sobre o apontamento de assédio moral, a entidade não soube responder.

Procurada pelo Jornal Atos, a Prefeitura de Pindamonhangaba, contratante da empresa de transportes, ressaltou acompanhar a situação através do departamento de Trânsito.

Histórico – No último ano, funcionários da Viva fizeram duas paralisações. A primeira, em maio, motivada pelo atraso no pagamento do vale-alimentação de motoristas e cobradores. Em julho, eles voltaram a pausar o trabalho. Na época, a insatisfação era causada pela redução do vale-alimentação de R$ 690 para R$ 400; além do banco de horas (medidas que deveriam ter tido fim em dezembro de 2020, conforme a classe).

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