Exames descartam casos de febre amarela e gripe H3N2 em Lorena

Município é mais um a registrar baixa adesão a campanhas de vacinação; idoso morre em decorrência de gripe comum, em notícia que preocupou região

Corredor lotado no início de março, durante campanha nacional para imunização contra a febre amarela; Lorena mantém atendimento (Foto: Arquivo Atos)
Corredor lotado no início de março, durante campanha nacional para imunização contra a febre amarela em Lorena (Foto: Arquivo Atos)
Lucas Barbosa
Lorena
Exames da Vigilância Epidemiológica do Estado descartaram que a morte de um idoso de 71 anos e a infecção de uma jovem de 22 anos, em Lorena, foram causadas pelo vírus da gripe H3N2. Na mesma semana, o município, que registra uma baixa adesão às campanhas de vacinação, também foi informado que os óbitos de dois macacos não foram motivados por febre amarela.

De acordo com a enfermeira gerente da Vigilância Epidemiológica de Lorena, Helen Colino, a cidade foi informada pela Vigilância Epidemiológica Estadual, na última terça-feira, que os dois moradores sofreram de gripe comum (a sazonal/ H3).

A vítima fatal, que era cardíaca e diabética, foi internada na Santa Casa de Lorena no início de maio. Como não havia sido vacinado e apresentava diversos sintomas da gripe H3N2, o idoso recebeu o tratamento da doença enquanto aguardava o resultado do exame, que demoraria até um mês para ser revelado. Após uma piora em seu quadro de saúde, ele morreu em 27 de maio.

Já a jovem de 22 anos foi internada na Santa Casa em 28 de abril, mas recebeu alta seis dias depois. “Mesmo com descarte da gripe H3N2 nestes casos, a população precisa se conscientizar sobre a importância da imunização. Infelizmente, atingimos somente 54% da meta de vacinação, que é de 90%. A situação mais preocupante é o índice de vacinação de crianças até de cinco anos, que chegou apenas a 24% do esperado”, lamentou Helen.
Outra campanha de vacinação que está longe de atingir a meta é da febre amarela, que até o momento alcançou apenas 36% do objetivo. Em contrapartida, Lorena recebeu uma boa notícia na última semana.

Exames realizados pelo Instituto Adolfo Lutz, localizado em Taubaté, descartaram a febre amarela como responsável pela morte de dois macacos, em maio. Um dos corpos foi encontrado no Vila Portugal, no dia 6, e o outro, uma semana depois, no Bairro do Campinho.

Mesmo sem a cidade contabilizar nenhum caso da doença, a enfermeira gerente da Vigilância Epidemiológica ressaltou a importância da vacinação. “Apesar de termos doses disponíveis em todas as unidades de saúde, muitos moradores preferem não se imunizar, pois acreditam em informações falsas sobre supostas reações adversas. Estas pessoas precisam estar cientes que correm muito mais risco ao não se vacinarem. Estamos fazendo o possível para reverter este quadro, mas precisamos da colaboração da população”.

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