Exposição aborda inclusão em Cruzeiro

Memorial conta história de 12 artistas com deficiências; local investe em projetos durante o ano todo

Exposição no Museu Major Novaes destaca grandes artistas e a inclusão; “Grandes Nomes, Grandes Feitos” estará aberta até o dia 30 (Foto: Andreah Martins)
Exposição no Museu Major Novaes destaca grandes artistas e a inclusão; “Grandes Nomes, Grandes Feitos” estará aberta até o dia 30 (Foto: Andreah Martins)

Andreah Martins
Cruzeiro

O Museu Major Novaes tem novo projeto temporário em exposição, o Memorial da Inclusão, “Grandes Nomes, Grandes Feitos”. Os visitantes podem apreciar a vida de personalidades, nacionais e internacionais que superaram os obstáculos sociais da pessoa com deficiência. A exposição vai até o dia 30, e o horário para visitação é das 8h às 17h.

A entrada do Museu, que fica à rua Dona Tita, nº 180, na Vila Canevari, é gratuita.

A mostra homenageia 12 artistas que atuaram em diferentes áreas. A exposição conta histórias de superação e leva reflexão a quem se depara com a vida de Stevie Wonder, Temple Grandin, Helen Keller, Beethoven, Franklin Roosevelt, Henrietta Swan Leavitt, Dorina Nowill, Cândido Pinto de Melo e Homero.

A exposição é realizada em dois ambientes. No módulo da pintora modernista Anita Malfatti são expostas réplicas dos objetos utilizados pela artista, que nasceu com atrofia no braço e mão direita.

Já na área de Maria de Lourdes Guarda, militante da inclusão da pessoa com deficiência, está exposta a maca onde viveu durante muitos anos. Maria de Lourdes ficou paraplégica após a segunda cirurgia para corrigir um problema na coluna.

A interatividade ganha espaço no setor de Evgnen Bavcar, um fotógrafo que perdeu a visão após acidente na infância. O visitante terá a experiência de fotografar com os olhos vendados.

Segundo a diretora do Museu, Claudia Ribeiro, o memorial tem tido repercussão positiva desde a abertura e com a divulgação nas redes sociais e rádios. “O movimento é diário. Já ultrapassamos a marca de 350 visitantes. A exposição é muito sinestésica e interativa e isso chama a atenção das pessoas”.

Claudia acredita que a tendência do número é crescer com a junção de outros eventos no local. “Já tivemos a presença do Colégio São José, Humberto Turner e uma escola de idiomas. O projeto escola começou na semana passada, então acredito que essa marca vá dobrar ou triplicar. Temos agendamento das escolas municipais e privadas para o mês de março”.

O local possui a acessibilidade necessária para visitantes com deficiência. “Temos rampa que permite acesso ao auditório onde está parte da exposição, além de adesivo tátil para deficiente visual. Com a recente restauração, o projeto de acessibilidade foi incluso”, completou Claudia.

Final de Semana – Neste domingo, o Museu vai contar com mais três eventos para agitar o final de semana dos cruzeirenses. Além da exposição, as atividades começam às 8h, com a aula de yoga e, em seguida, meditação. Logo após será realizado o quinto encontro do coletivo feminista.

O local conta com eventos durante o ano todo. Na programação, além do projeto Yoga no Museu, todas às quintas-feiras oferece o Cine Clube, na última quarta-feira de todo o mês.

A partir de abril o local terá o retorno do Música no Museu e de exposições temporárias, como a do artista plástico Washington Oliveira, que já realizou exposição sobre a Frida Kahlo, no ano passado. “Já convido de antemão a imprensa local para a semana do museu, em maio, que teremos a exposição ‘Cruzeiro em papel e tinta’. O projeto fala sobre a memória da nossa imprensa local, desde 1889. Antes mesmo do decreto de criação da cidade nós já tínhamos imprensa”, contou a diretora.

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