Infestação de caramujos assusta moradores do Clube dos 500

População reclama de terrenos baldios não fiscalizados pela Prefeitura no bairro

Caramujos recolhidos por morador durante a noite; Vigilância afirma que demanda não é alta no bairro (Foto: Colaboração João Flávio Leão)
Caramujos recolhidos por morador; Vigilância afirma que demanda não é alta no bairro (Foto: Colaboração João Flávio Leão)

Juliana Aguilera
Guaratinguetá

Reclamações de caramujo africano são típicas nessa época do ano. O Verão com chuvas é a combinação perfeita para a reprodução do animal. Em bairros como o Clube dos 500, moradores foram às redes sociais para manifestar indignação por parte de proprietários e Prefeitura sobre a condição de terrenos abandonados.

Segundo o morador João Flávio Leão, os animais começaram a aparecer no seu jardim, devido ao terreno ao lado, que está com a grama muito alta. “Os proprietários não cortam o mato do terreno e eles estão se reproduzindo”, reclamou.

Leão explicou que os caramujos aparecem mais a noite e que já chegou a empilhá-los em um balde. “Estão todos reclamando. Esse bicho traz muitos problemas, como meningite”, lembrou.

Ele disse que põe fogo nos animais ou joga sal, mas que na noite seguinte aparecem mais. “A reprodução é violenta. Já fizemos denúncia para a Prefeitura, mas eles não vieram”, reforçou.

Outros bairros da cidade, como Santa Luzia, já tiveram histórico de problemas com caramujos africanos. O animal é transmissor de vermes que causam doenças graves com sintomas desde dores fortes de cabeça até hemorragia abdominal, podendo levar à óbito. Por isso, o uso de luva de borracha ou sacos plásticos ao tocar o animal é imprescindível.

Prevenção – A Vigilância Sanitária tem dialogado com moradores através de agentes de saúde que fiscalizam as residências com possíveis espaços para criação de mosquitos. Segundo o veterinário da Vigilância em Saúde, Felipe Guedes, as visitas previnem a proliferação de mosquitos transmissores de doenças, baratas, escorpiões e caramujos.

Guedes também afirmou que, caso a situação seja recorrente, o morador deve entrar em contato com a Vigilância para que uma atividade seja desenvolvida especificamente para o bairro. Por não ser de origem brasileira, o caramujo africano não tem predador e se alimenta de matéria verde, abundante no verão. A forma mais eficiente para controle do caramujo africano é a poda de árvores, corte de grama e coleta manual do animal. “Tem que pegar um por um, com luva, quebrar a casca e enterrar”, explicou.

Denúncia – Em caso de terrenos abandonados que estejam servindo de local de procriação do animal, a recomendação é que o morador denuncie para a secretaria de serviços urbanos. Segundo o veterinário, a secretária é responsável por notificar o proprietário da irregularidade e, caso ele não normalize a condição, a própria secretaria limpa o local e lhe envia as despesas.

 

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